25/04/2015

As minhas experiências como Documentarista contadas na primeira pessoa ao Wilmer da Silva no Podcast inaugural de "Enlace" - programa de network e mercados

http://wilmer-da-silva.podomatic.com/entry/2015-04-23T14_53_43-07_00

As minhas experiências como Documentarista contadas na primeira pessoa ao Wilmer da Silva no Podcast inaugural de "Enlace" - programa de network e mercados. Wilmer da Silva é Licenciado em Cinema e encontra-se a frequentar o Mestrado em Marketing na Universidade de Madrid.
Este Podcast foi gravado no dia de Páscoa e foi hoje publicado na plataforma podomatic sendo que dentro de alguns dias estará disponível para descarga e subscrição nos Podcast da iTunes.
Para quem gosta de documentários, das histórias e estórias da Serra da Estrela tem aqui uma boa oportunidade para ouvir certas curiosidades contadas na primeira pessoa em relação às minhas experiências como Documentarista e Blogger.

24/04/2015

Há de facto órgãos de comunicação social que deviam ser censurados pelo mau serviço que prestam aos cidadãos e leitores.

Há de facto órgãos de comunicação social que deviam ser censurados pelo mau serviço que prestam aos cidadãos e leitores.
Censurados não pelo simples facto de serem órgãos de comunicação social mas sim pelo simples facto que apenas escrevem o que as Câmaras Municipais e os partidos políticos mandam, muitas das vezes sem confirmarem a veracidade das informações, apenas e só porque estão à espera que "chova" dinheirinho para pagar salários e despesas desses órgãos de comunicação social que são privados. São um negócio privado como qualquer outro.

Temos de ser sérios e dizer que há alguma comunicação social imparcial no País mas na maioria não o são. 
A liberdade de imprensa é isto?

A maioria dos órgãos de comunicação social não vão à procura da noticia. Recebem-na feita pelos assessores e limitam-se a publicá-la...muitas das vezes até com erros gramaticais.
Hoje desfolhamos um jornal e mais de metade das páginas não são escritas pelos jornalistas. Não há reportagens a sério. Evitam-se assuntos fracturantes. Não se visitam as Freguesias para saber como vivem as pessoas, os seus problemas e os seus anseios. 
Afinal que comunicação social temos nós no nosso País?
Quem fala em jornais fala em radios. Todos recebem ordens do poder instituído, seja onde for, e limitam-se a dar as noticias encomendadas. Alguns órgãos de comunicação social acabam por ser apêndices, boletins informativos das autarquias e ai de quem contrarie o poder instituído. 
LIBERDADE DE IMPRENSA SIM, COMUNICAÇÃO SOCIAL VICIADA NÃO.

Incrível como os meios de comunicação social reagiram hoje a uma proposta do PS, PSD e CDS sobre o que intitularam "a polémica proposta dos partidos" que nada mais é que pedirem aos órgãos de comunicação que façam um plano de como pretendem cobrir actos eleitorais, trabalho esse que é pago e bem pago pelo Estado que tem o direito de estabelecer regras iguais para todos os que financia e a comunicação social não pode fugir à regra. Escreve o El País (a pedido de algum media português) que PSD, CDS e PS estão de acordo em censurar os meios de comunicação social. 
Mas censurar o quê?


06/04/2015

À descoberta da Mantiqueira - I


"Caminhos da Mantiqueira" percorre estradas, histórias e vidas em busca da identidade própria e única da Serra da Mantiqueira. O documentário de longa metragem (79min) apresenta com sensibilidade um pedaço relativamente desconhecido de muitos brasileiros, apesar de sua extrema importância para o pais. Embora a região seja cortada pelas fronteiras políticas entre três estados da federação -- São Paulo,

CAMPOS DO JORDÃO: “A Suiça Brasileira”

Campos do Jordão é um município brasileiro localizado no interior do estado de São Paulo, mais precisamente na Serra da Mantiqueira; faz parte da recém-criada Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, sub-região 2 de Taubaté.
A cidade fica à altitude de 1.628 metros, sendo portanto, o mais alto município brasileiro, considerando a altitude da sede. Sua população estimada, em 2004, era de 47.903 habitantes. Dista 173 km da cidade de São Paulo , 350 km do Rio de Janeiro e 500 km de Belo Horizonte. Sua principal via de acesso é a Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro.
Campos do Jordão é um dos quinze municípios paulistas considerados estâncias climáticas pelo estado, por cumprirem os pré-requisitos definidos por lei estadual. Tal nomeação garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. O município também adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de estância climática, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.

Campos do Jordão é chamada de "Suíça Brasileira", como estratégia de marketing, pela sua arquitetura tardia baseada em construções europeias e pelo seu clima mais frio que a média brasileira. Por isso, a cidade recebe maior quantidade de turistas durante a estação do inverno, especialmente no mês de julho.


02/04/2015

Manoel de Oliveira queria fazer mais filmes. O tempo não deixou.


O cineasta português tinha 106 anos. Era o realizador mais velho do mundo ainda em atividade. O derradeiro filme, O Velho do Restelo, estreou-se em dezembro de 2014 na comemoração do último aniversário. 

Era a fazer filmes que descansava. Manoel Cândido Pinto de Oliveira nasceu no Porto a 11 de dezembro de 1908. Entre curtas e longas-metragens, realizou mais de 40 filmes até ao fim da vida.
O histórico realizador português morreu esta quinta-feira e deixa o legado de uma obra que marca o cinema europeu e mundial. 

Para além da longevidade e atividade que lhe era admirada no mundo do cinema, Manoel de Oliveira mudou a forma de olhar e conceber o cinema como outros grandes do século XX.
“Quando deixar de filmar, deixo de respirar”

A história da sua vida confunde-se inevitavelmente com a história do cinema português. No ano em que nasceu, D. W. Grifith iniciava-se no cinema. A infância e juventude de Manoel de Oliveira acontece numa época de ouro para o cinema mudo: O próprio Grifith, Vertov, Pudovkin e claro, Eisentsein.

Mas não foi no cinema que Manoel pela primeira vez ganhou notoriedade. Desportista em várias modalidades, desde as corridas de automóveis à natação e ao atletismo, foi atleta do Sport Clube do Porto. 

O cinema, todavia, sempre o acompanhou. Depois de uma breve passagem pela carreira de ator, nomeadamente em A Canção de Lisboa (1993) realizou o primeiro filme ainda antes, aos 23 anos. O documentário Douro, Faina Fluvial (1931), inspirado na cidade natal e idealizado depois de ter assistido ao filme "Berlim, Sinfonia de uma Capital" (Walther Ruttmann, 1927), conta a vida em redor de um rio que estaria presente nos vários trabalhos que se seguiram.

Em todas as obras, o realismo e a objetividade são as bandeiras principais. Para Manoel, o cinema era contar a história, o mundo segundo a perspetiva de determinada época. Como realizador durante mais de oitenta anos, Manoel de Oliveira veio contando Portugal desde os períodos antes de ditadura, o Estado Novo, a democracia e os anos mais recentes. 

O cinema era a sua maneira de refletir o passado e o presente, nunca o futuro. A evolução histórica que andou de mão dada com a própria evolução do cinema: das primeiras curtas de caráter mais documental, do cinema mudo, aos avanços que foi obrigado a fazer de forma a acompanhar os tempos. 
Tempo e dinheiro
Apesar dos longos 106, Manoel de Oliveira pedia mais tempo para fazer mais e melhor. Quando via um antigo trabalho, ficava sempre com a sensação que “poderia ter feito melhor”. 

E o tempo não lhe chegou para fazer tudo o que queria, para realizar todas as ideias: "Tenho uma vontade enorme de filmar e fico muito triste se o não puder fazer. O tempo passa excessivamente depressa", confessava numa entrevista à Visão, em 2008. 

O contexto político também o obrigou a enviesar as mensagens transmitidas. A vida de realizador durante a ditadura não foi fácil e Manoel chegou mesmo a ser preso pela PIDE. 

Dinheiro e meios também lhe faltaram durante essa época, à medida que o cinema comercial se distanciava das suas técnicas e linguagens cinematográficas. Os longos planos, travellings e movimentos de câmara, os diálogos lentos e complexos. Um cinema difícil e muito distante das obras e dos temas que começaram a dominar os circuitos comerciais. Mas era de propósito - Manoel de Oliveira tinha aversão à moda - evitava temas, atores ou qualquer elemento que pudesse destacar algo que não o filme como tal. 

Mas com o reconhecimento, sobretudo internacional, vieram a tempo para que Manoel conseguisse fazer com maior segurança tudo o que queria fazer: realizar até ao fim da vida. 
Prémios e Reconhecimento
Manoel Oliveira não gostava de prémios. Não queria ver a sua individualidade sobreposta a outras, até porque no cinema, ao contrário de uma competição desportiva, não era possível medir quem chegava primeiro, quem era melhor. No cinema, cada subjetividade valia por si.

Gostava sim do reconhecimento, das distinções dos prémios de carreira, de ver um filme seu compreendido. E recebeu várias, nos mais variados festivais e certames do cinema mundial: Cannes, Veneza, Berlinale, São Paulo, Tóquio e, por fim, Portugal. 

A noticia da morte esta quinta-feira preenche as páginas da imprensa de todo o mundo, uma prova real desse prestigio que ia muito para além da idade. O alemão Die Zeit destaca que muitos críticos de cinema o colocavam "ao nível de Luis Buñuel, Jean-Luc Godard ou Frederico Fellini". Do Le Monde, chama-o de "um dos criadores mais originais da história do cinema". 

Por altura do centenário do realizador, em 2008, o New York Times dedicava um artigo à sua singularidade e denominava Manoel de Oliveira de "uma força da natureza, um caso especial", com filmes "pensativos, melancólicos, com qualidades memento mori". 
in-RTP