25/09/2005

Rodrigo Guedes de Carvalho em tertúlia


Estive ontem com Rodrigo Guedes de Carvalho, numa tertúlia no Museu Nacional do Pão. Mais que uma tertúlia acabou por ser uma conversa entre amigos e ilustres desconhecidos que aproveitaram a ocasião para interrogar o Rodrigo sobre jornalismo e claro sobre o seu mais recente livro "A casa quieta", do qual vos deixo uma pequena passagem.
"Quero acreditar que já não estarias em casa por alturas em que cheguei mas não sei dizer. A verdade é que não te procurei. Mais uma vez. Penso que fiz as coisas do costume, penso hoje quando penso nisso que fiz as coisas do costume, terei deixado o sobretudo ao acaso, abri o frigorífico fechei abri uma outra vez, sem saber bem o que procuro, acontece-me quase sempre. As coisas do costume. Vagueei sem saber bem, o sobretudo caído alguém há-de arrumar, tu tratas disso. Do frigorífico abro fecho abro outra vez, quero pouco, não sei que quero, deixei de beber prometi-te acho que te prometi, não sei que beba."

4 comentários:

Unknown disse...

Olá amigo, não conheço o livro mas por o exerto que nos deixas, deve ser uma estória de amores falhados será, vou comprá-lo depois poderei falar sobre o livro, e já agora gosto muito do Rodrigo há nele algo de tímido, e frontal que me fascina será que ele é mesmo assim ?.
Beijos e bom inicio de semana

LS disse...

O Rodrigo é um "terra a terra" que ama a sua profissão mas que por incrivel que pareça reve-se mais na literatura e não é por agora ter editado este livro. Na tertúlia ele disse: "prefiro um dia ficar conhecido como escritor do que como jornalista". Referiu ainda que houve várias editoras interessadas em publicar o seu livro, mas que se apercebeu que muitas não estavam propriamente interessadas em vender o que ele escreve mas sim em vender a sua imagem, tendo optado pela editora D. Quixote. Quanto à sua questão ele é frontal,não se desvia um milimetro a qualquer pergunta que lhe coloquem mas quanto à timidez não me pareceue ser uma caracteristica dele, mas sim irónico e simpático. Ele falou para uma plateia de cerca de 100 pessoas muito à vontade,portanto não me pareceu timido.Bom inicio de semana também para si. Bjs

Unknown disse...

Seja ele como for eu admiro-o, a timides, que eu falo é aquela forma muito dele, de n/ se expor demasiado, a que eu pensava que era por timides, mas uma timides construtiva, de pessoa de caractér.
beijo amigo e boa semana

LS disse...

As tertúlias no museu do pão são todos os ultimos sábados de cada mês. A próxima, em Outubro, é com a escritora Lia Gama.