11/09/2012

Haveremos de voltar a ser a AMAZÓNIA DE PORTUGAL

Muito se tem escrito sobre os incêndios, nomeadamente sobre a tragédia que se abateu sobre a nossa terra, o centro de uma paisagem, até há pouco, lindissima. Provavelmente ainda haverá muitas coisas por dizer. Umas que bem podem ficar na intenção e outras que, pela sua importância devem ser publicadas, assim haja coragem dos seus autores. Mas... ardeu está queimado! É tempo de reparar o que é reparável e o que houver capacidade económica para o fazer. Mas é tempo também de aproveitar a janela de oportunidade para voltar Torroselo, definitivamente, para uma riqueza de onde tem andado arredado, salvo pequenas mas boas excecões: o rio Alva. Vegetação ardida, deixa de haver desculpa das "silvas e mato" para que não se trilhem, de novo os "caminhosdaribeiradalva", seja no aproveitamento a curto/médio prazo das potencialidades turisticas do rio que dá o nome às nossas instituições, seja no aproveitamento dos férteis, embora dificeis, terrenos da encosta do Alva para compor a economia doméstica dos habitantes da nossa aldeia, já que para a economia nacional não há vale do Alva que nos valha.
Torroselo nunca foi terra de gente que desiste: pode cair mas levanta-se de imediato: deixo um apelo às forças vivas da nossa terra para que apoiem quem quiser aproveitar esta janela de oportunidade.
Incêndios sempre houve: uns mais sinistros e destruidores que outros mas haveremos de voltar a ser a "Amazónia de Portugal", desta vez com mais e melhores acessos ao rio Alva, com mais gente na encosta que dá de tudo: bom vinho, boa fruta, legumes e cereais.
Abandonar a encosta que tem sol do nascer ao ocaso seria dar mais satisfação a quem por descuido ou maldade cometeu a sacanice criminosa de atear o sinistro que se abateu sobre a nossa terra.
Nota: se aqui me referi em especial à encosta do Alva, as minhas palavras servem para toda a área ardida, sem menosprezo por qualquer espaço, por diminuto que seja .
Saudações Torroselenses e beirãs para todos!
Zé Luis Baptista

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