Muito se tem escrito sobre os incêndios, nomeadamente sobre a tragédia  que se abateu sobre a nossa terra, o centro de uma paisagem, até há  pouco, lindissima. Provavelmente ainda haverá muitas coisas por dizer.  Umas que bem podem ficar na intenção e outras que, pela sua importância  devem ser publicadas, assim haja coragem dos seus autores. Mas... ardeu  está queimado! É tempo de reparar o que é reparável e o que houver  capacidade económica para o fazer. Mas é tempo também de aproveitar a  janela de oportunidade para voltar Torroselo, definitivamente, para uma  riqueza de onde tem andado arredado, salvo pequenas mas boas excecões: o  rio Alva. Vegetação ardida, deixa de haver desculpa das "silvas e mato"  para que não se trilhem, de novo os "caminhosdaribeiradalva", seja no  aproveitamento a curto/médio prazo das potencialidades turisticas do rio  que dá o nome às nossas instituições, seja no aproveitamento dos  férteis, embora dificeis, terrenos da encosta do Alva para compor a  economia doméstica dos habitantes da nossa aldeia, já que para a  economia nacional não há vale do Alva que nos valha.
 Torroselo nunca foi terra de gente que desiste: pode cair mas  levanta-se de imediato: deixo um apelo às forças vivas da nossa terra  para que apoiem quem quiser aproveitar esta janela de oportunidade.
 Incêndios sempre houve: uns mais sinistros e destruidores que outros  mas haveremos de voltar a ser a "Amazónia de Portugal", desta vez com  mais e melhores acessos ao rio Alva, com mais gente na encosta que dá de  tudo: bom vinho, boa fruta, legumes e cereais.
 Abandonar a encosta que tem sol do nascer ao ocaso seria dar mais  satisfação a quem por descuido ou maldade cometeu a sacanice criminosa  de atear o sinistro que se abateu sobre a nossa terra.
 Nota: se aqui me referi em especial à encosta do Alva, as minhas  palavras servem para toda a área ardida, sem menosprezo por qualquer  espaço, por diminuto que seja .
 Saudações Torroselenses e beirãs para todos! 
Zé Luis Baptista
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