31/07/2008

Novo filme está pronto

Após 3 anos de interregno nas produções de video (documentário sobre o "historial de Torroselo), fui impulsionado a criar um filme sobre o passeio equestre realizado no dia 29 de Junho em Figueiredo, Concelho de Seia. Trata-se de 57 minutos de imagens em video que retratam o passeio equestre, o porco no espeto e a garraiada para além da animação paralela ao nível de desportos de aventura que decorreu ao longo de todo o dia. Quem já viu gostou e isso é que importa, importando também que esta seja mais uma ajuda para a angariação de fundos que leve à construção de uma pala para o palco de festas de Figueiredo, afinal é esse o principal objectivo. De qualquer forma fica aqui registada para a posteridade a minha 2.ª produção cinematográfica.

À espera da truta

O que será desta vez?
Brevemente descubra aqui no blogue...

30/07/2008

Entrevista com...António Brito

ENTREVISTA EXCLUSIVA

autor do Site: http://valezim.no.sapo.pt/

VALEZIM em análise

Luis Silva (LS) – O que o levou a criar um site/blog sobre a sua Freguesia de Valezim?
António Brito (AB) - Levar as pessoas de Valezim a discutir de uma forma aberta o que pensam sobre a nossa terra, o concelho, o país e o mundo em que vivemos. Passar da “má língua” a uma forma assumida de passar para o mundo da Internet o que pensamos, o que gostamos, o que não gostamos e o que queremos para a nossa terra.
LS – Considera que o Concelho de Seia em geral e Valezim em particular é hoje mais divulgado a nível nacional e internacional devido á existência dos sites e blogues que por cá proliferam?

AB - No que se refere a sites sobre as freguesias e concelhos, sem duvida. A forma de consulta mais imediata é a Internet. Quem procura algo a forma mais imediata é recorrer ao Google, ainda que acidentalmente qualquer cibernauta acabará por encontrar ou se “esbarrar” com um conteúdo sobre o nosso conselho. Quanto aos blogues, tratam-se de canais de informação consultados por grupos mais restritos de pessoas, ou seja, trata-se de um conjunto menor de pessoas, mas que faz uma consulta mais assídua dos blogs. Foi um salto importante: não ter obrigatoriamente que pertencer à elite que escreve no “jornal da terra” para poder dizer o que pensa.
LS – Sendo uma região eminentemente turística o que faz falta à Freguesia de Valezim para atrair ainda mais turismo? Existem unidades de turismo de habitação na sua freguesia?
AB -
O que falta são equipamentos Turísticos, desde alojamento a restauração ou organização de eventos e actividades. Para quem conhece como eu este país de lés a lés permito-me dizer que condições existem, apareçam os investidores. Há duas casas de turismo rural: A Casa do Forno.
LS – O que está bem feito em Valezim e quais os grandes problemas que ainda persistem?
AB - Trata-se de uma terra muito organizada, desde há muitos anos com um conjunto de infra-estruturas básicas desde há muito tempo que faz inveja a muitas terras do país. O que falta fazer: a etar cujas obras nunca mais têm inicio, as obras prometidas pela Câmara para a Igreja de Nossa Sra do Rosário, a nossa Igreja Velha, e outras obras de pormenor. O problema maior continua a ser encontrar forma de fixar as pessoas.
LS – Como vê hoje a situação actual de Valezim no panorama local e concelhio?
AB -
Julgo que se enquadra no panorama geral de uma região que vê partir os seus filhos sem conseguir encontrar formas de os fixar. Partem muitas das vezes para concluírem uma formação que se torna um caminho sem regresso.
LS – Ao nível político. Enquanto cidadão acha que o concelho está a ter o desenvolvimento que deve ter, ou, há mais para fazer e o quê?
AB - Há sempre mais a fazer. Uma terra sem acessibilidades no interior morre. Finalmente vislumbra-se uma decisão sobre o assunto, e parece que a infindável novela túnel/não túnel acabou. Não pode existir um concelho onde só há empresas de serviços. Saber captar investimentos como o Call Center da EDP é prioridade máxima.
LS – FIAGRIS. O que representa para Valezim esta Feira? Houve algum stand da Freguesia nesta feira?
AB -
A esta data já acabou. Tanto quanto tive conhecimento (uma vez que estive fora) não houve participação.
LS – Por último. Fale-nos um pouco sobre as Instituições que existem na Freguesia.
AB -
Clube Recreativo e Educativo Valesinense: Uma associação com mais de 50 anos e mais de 300 associados, continua a ser uma entidade dinamizadora e promotora do espírito de grupo. Longe de actividades desportivas que esgotem os parcos recursos que dispõe tem uma sede da qual se pode orgulhar e organiza um conjunto vasto de actividades.
5ª Sessão dos Bombeiros Voluntários de S. Romão: um sinal claro do que a boa vontade pode fazer. Com uma sede à medida das necessidades acaba por ser um complemento importante à actividade dos bombeiros de São Romão.
Associação Valezinense de Apoio à Terceira Idade: começa a dar os seus primeiros passos, numa actividade que se tem demonstrado vital na manutenção da qualidade de vida dos nossos idosos.
Junta de Agricultores do Regadio Tradicional e Dornela: numa actividade agrícola que se extingue, mantêm os sistemas a funcionar
da nossa terraesta data já acabou. Tanto quanto tive conhecimento (uma vez que estive fora) não houve participação.
Comissão Fabriqueira da Igreja: Faz o que se pode considerar como o indispensável em actividades que têm a ver com a própria Igreja. Fechada em si mesma.
Comissão das Festas de Nossa Sra. Da Saúde: eleita anualmente para a componente não religiosa fazem por manter estas festas com o estatuto que ocupam. Depois das euforias dos “artistas” que não se pagam a si mesmos, continuam a proporcionar um bom ambiente no primeiro fim-de-semana de Setembro.

29/07/2008

ALVA SUMMER PARTY

TRÊS DIAS COM MUITA MÚSICA DURANTE A NOITE E MUITAS ACTIVIDADES DURANTE O DIA NA PRAIA FLUVIAL DE SANDOMIL
Data: 13,14 E 15/Agosto/2008
Hora: 23:00 - 06:00

SANDOMIL — Seia (Recinto do Campo de Futebol)
MÚSICA, DJS CONVIDADOS, KARAOKE, SLIDE, RAPPEL, PONTES DE CORDAS, PAREDE DE ESCALADA, ENTRE MUITOS OUTROS JOGOS E DESPORTOS AVENTURA PARQUE DE CAMPISMO GRATUITO

28/07/2008

Entrevista com...João Viveiro

ENTREVISTA EXCLUSIVA

SEIA e o Concelho em análise


Luis Silva (LS) – O que o levou a criar um blogue?
João Viveiro (JV) - Apesar da definição de blog não ser consensual, penso que a maioria das pessoas (blogers) utiliza esta plataforma informática como uma espécie de diário virtual de características personalizadas onde, sobretudo, expressam e partilham com os outros a sua visão do mundo, das pessoas e das coisas, através das respectivas análises e reflexões e, por isso, mais que um instrumento transmissor de notícia ou de informação é, seguramente, o mensageiro do resultado da análise individualizada, noticiosa ou não, que veicula a opinião do próprio bloger. Neste sentido um blog é livre de difundir qualquer tipo de conteúdo e este ser utilizado para os fins mais diversos. A grande vantagem das ferramentas dos blogs é permitir que os seus utilizadores publiquem o resultado dos seus conteúdos sem a necessidade de serem técnicos ou possuírem conhecimentos profundos de informática, mas sobretudo, a infinita capacidade de divulgação desses conteúdos. No caso em apreço, o blog “Civitas Sena”, mais do que a informação ou a notícia em si, o blog veicula a minha própria visão sobre essa informação ou notícia e o meu entendimento sobre estas, no contexto do mundo que me rodeia e ao qual nunca me coibi de dar sempre o meu ponto de vista, ou de dizer “aquilo que me vai na alma”.

LS – Considera que Seia é hoje mais divulgada a nível nacional e internacional devido á existência dos blogues que por cá proliferam?
JV -
Sim, seguramente, sem qualquer dúvida, pois a informação, ainda que do ponto de vista individual, fica apenas à distância de um clique daqueles que impedidos pela distância física permanecem, (virtualmente) próximos daqueles que teimam em permanecer por cá. Só quem está distante sabe o valor que têm as notícias da sua terra.

LS – O que faz falta no concelho de Seia?
JV - Em primeiro lugar o que faz falta a Seia é, sobretudo, “massa crítica” capaz de congregar todos os munícipes em torno do bem comum, seja na cidade ou no concelho e permitir encontrar respostas aos problemas das populações com eficiência, com equilíbrio e com participação democrática naquilo que vulgarmente se chama poder local. Para isso é necessária gente com capacidade de mobilização, o que nos concelhos do interior vai cada vez mais escasseando, pois é sabido que as sociedades mais avançadas são, seguramente, aquelas que possuem mais massa crítica!..

LS – Sendo uma região eminentemente turística o que faz falta á Serra da Estrela para de uma vez por todas ser vista como prioridade de investimentos nesta área?
JV - A nossa região é, por dádiva da Natureza, uma região privilegiada para promover um turismo de qualidade ambiental, durante os 12 meses do ano, apresentando-se como uma alternativa natural aquele turismo sazonal, que se desenvolve nos oitocentos quilómetros de costa, durante cerca de três meses de Verão. Nesta matéria não queria ser repetitivo mas é também a falta de “massa crítica” que tem condicionado a falta de iniciativas do sector privado, na procura de respostas a este modelo de desenvolvimento sustentado. Apesar disso é de louvar o esforço de alguns, poucos, empresários desta área e da própria edilidade, na promoção desta “indústria do futuro”, (como é o caso, entre outras, dos diversos espaços museológicos e do CISE); mas é preciso fazer mais, muito mais ainda, nomeadamente, na sólida implementação de uma actividade de restauração de referência, (diria mesmos de excelência gastronómica) com muita qualidade, baseada em produtos autóctones, tradicionais, tais como: o borrego/cabrito, passando pelos enchidos, pelo queijo da Serra e os outros produtos lácteos, pelo pão, pelos bolos tradicionais, pelos doces, pelos vinhos, que possam fidelizar as pessoas que nos visitam e, sobretudo, divulgar a grande qualidade dos produtos com a marca Serra da Estrela. No que concerne à acomodação também se verifica algum défice de qualidade e quantidade, havendo, seguramente, espaço para a criação de mais complexos turísticos, (não apenas dormidas como oferta) com projectos turísticos que incluam pacotes com programas de visitas guiadas, viradas para o Ambiente e o Património construído, mas também a animação turística e de lazer, tratamentos de saúde, de beleza ou outras. Actividades de tal maneira impulsionadoras que no final da estadia motivem fortemente os turistas a voltar e a trazer os seus amigos na próxima oportunidade. Uma coisa é garantida: ainda que as acessibilidades não sejam as melhores, se existirem assuntos de interesse ou referências fundamentais, as pessoas vão até “ao fim do mundo” para as vivenciar. Para o confirmar basta que cada um de nós se recorde de quantas vezes nos deslocámos já, para desfrutar de tanta coisa que amigos nossos nos referenciaram e muitas das quais nos impeliram decididamente a repetir. Essa sim é a melhor publicidade que a nossa região pode fazer: inovação com qualidade, simpatia, preço justo e, sobretudo, autenticidade das pessoas e dos produtos.

LS – Acha que faz falta um festival de música nesta região à imagem do que acontece nesta altura do ano noutras localidades? Se sim, porque considera que nunca se realizou nenhum?
JV - Na sequência do ponto anterior concordo em absoluto com toda a actividade que possa contribuir para a promoção da marca Serra da Estrela, no entanto há que ter em conta não só as condições mas também o contexto e, por isso mesmo, depende sempre do publico-alvo. Assim sendo se o público-alvo forem os jovens à semelhança de muitos outros festivais que se realizam por esse país fora durante o Verão, é fundamental que sejam criadas as condições mínimas de higiene e salubridade bem como capacidade de resposta às necessidades de alimentação e de acomodação e de animação desses jovens durante esses dias para que a estadia desses jovens seja revigorante e vá além dos dias do festival. Do contexto, é fundamental a existência de um bom Parque de Campismo, servido preferencialmente por um rio despoluído ou piscinas para os jovens se banharem, apoiado por estruturas e logística capazes de dar resposta às centenas e centenas de jovens que nos visitariam, mas sobretudo, que gostaríamos que nos continuassem a visitar nos anos seguintes. Talvez pela inexistência de tudo isto e pela falta de tudo resto ainda ninguém tivesse tido, até agora, a coragem de avançar,mas acredito que depois de criadas as condições necessárias, seria uma excelente aposta!

LS – Ao nível político. Enquanto deputado municipal acha que o concelho está a ter o desenvolvimento que deve ter, ou, há mais para fazer e o quê?
JV - Muito tem sido feito, mas haverá sempre algo a fazer… Basta recordar que quando vim para Seia em 80/81 esta laboriosa localidade era uma pequena vila de província, quase sem desemprego mas sem grande qualidade de vida também. Apesar das reivindicações (poucas) das pessoas, as ruas que continuavam esburacadas exigiam perícia dos condutores e a inexistência de passeios promovia um jogo de destreza entre viaturas e peões que só visto. Até à realidade dos nossos dias foi um longo percurso em direcção a alguma qualidade que, indubitavelmente, já existe na sociedade senense. Havendo seguramente muito que fazer ainda, seria injusto não pôr em evidência o bom trabalho levado a cabo nos últimos mandatos da edilidade que além de promover o conforto e a qualidade de vida do munícipes, tem também criado condições de desenvolvimento e criação de empresas no concelho, revelando algum dinamismo e influência perante o poder central. Estamos no bom caminho, no entanto há que saber responder aos novos desafios que se colocam no futuro próximo e, a novos modelos de desenvolvimento que promovam sustentabilidade. Neste sentido o trajecto até agora percorrido é mobilizador do percurso que nos irá catapultar nos trilhos do futuro.

LS – Considera este modelo de FIAGRIS o mais adequado?

JV - Caro Luís, nesta matéria sou absolutamente pragmático, mudava quase tudo. Passo a explicar: a FIAGRIS deve ser aquilo que a realidade do concelho de Seia reflecte, com todas as suas virtudes e até defeitos. Assim, além de reflectir a realidade económica social e cultural do concelho, a FIAGRIS deve ser o grande acontecimento anual que congregue todos os senenses do concelho e da diáspora; o grande reencontro anual da família senense que gosta de se rever na sua terra revivendo-a com os seus amigos, durante a semana da sua realização. Além da mostra económica, social e cultural, esta festa deve promover o concelho, no seu todo, dando oportunidade a que cada freguesia se sinta representada no que tem de melhor, na cultura associativa, na gastronomia, etc. Durante essa semana, verdadeiramente de festa, cada conjunto, (mini-região) de quatro freguesias deveriam fomentar um dia de animação promovendo aquilo que têm de melhor catapultando na sede do concelho a verdadeira génese das suas raízes culturais, acreditando que muita gente das restantes 25 freguesias se deslocaria para acompanhar e apreciar o que estas apresentariam. Seriam, no mínimo, sete pavilhões que representariam durante essa semana, todo o concelho de forma auto-sustentada e autêntica. Esta seria a grande festa anual do concelho e como grande festa que seria, deveria ser enquadrada dentro do feriado municipal, devendo o seu calendário ser deslocado, necessariamente, para a semana que englobasse o dia 3 de Julho. Mais pragmático que isto não poderia ser, de tal modo estou convicto do enorme sucesso que seria este modelo organizacional das sinergias do nosso concelho.

LS – Quais os caminhos que aponta para combater a desertificação na nossa região?
JV - Já o escrevi diversas vezes. Só há uma forma de combater este maldito e ostracisante anátema que nos persegue. Regionalizando. O referendo foi verdadeiramente uma oportunidade perdida, pois estamos bem pior do que estávamos que nessa altura. Acredito que a maioria das pessoas que foram contrárias à regionalização são favoráveis à descentralização e a uma maior eficácia na Administração da coisa pública, porque compreendem que há decisões públicas que seria melhor serem tomadas ao nível local do que pelo Governo Central. A regionalização é um factor de democratização a todos os níveis de poder político. Desde a Junta de freguesia aos órgãos de soberania, a regionalização é um instrumento que favorece a democracia participativa. As decisões que deveriam ser tomadas pelos autarcas locais ou regionais, são definidas na Administração Central, por pessoas que dispõem de poder para isso, sem que para tal tenham sido eleitos. Com a regionalização essas decisões passariam a ser tomadas por autarcas com legitimidade democrática directa que decorreria da sua eleição por sufrágio universal, autarcas esses que responderiam directamente perante as populações que os elegeram que, em caso de insatisfação com o seu desempenho, poderiam votar a sua substituição em próximas eleições.

LS – Por último. Quais os seus blogues de referência? Porquê?
JV - Quando há tempo devo referir que, de uma maneira geral, dou um “vista de olhos” a alguns blogs locais, nomeadamente o teu, do Mário Jorge, do Luís Monteiro entre outros, havendo outros que de quando em vez me detenho um pouco mais a ler algum artigo que se salienta, isto se me sobrar tempo de algumas leituras das notícias dos jornais on-line.

26/07/2008

Hoje é dia dos avós

Gouveia não esqueceu os seus e celebrou o dia de forma agradável na companhia das IPSS´s do Concelho. Esta foi uma organização do projecto Gouveia Em Desenvolvimento que contou com o apoio e participação do Municipio. Como por estes lados de Seia não houve nada e como eu até estou de férias fui ter com os meus amigos a Gouveia beber um copinho e passar um bonito bocado de tempo. Ficam as fotos de um dia bem passado...

Comemora-se o dia dos avós em 26 de julho. E esse dia foi escolhido para a comemoração porque é o dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo.

24/07/2008

Entrevista com...David Fidalgo

ENTREVISTA EXCLUSIVA

PARANHOS DA BEIRA em análise

Luis Silva (LS) – O que o levou a criar um blog sobre a sua Freguesia de Paranhos da Beira?
David Fidalgo (DF) - A ideia foi inicialmente pensada para ser um site, e ainda o criei e esteve online durante um ano, mas como não tinha muitas visitas, e as que tinha eram essencialmente os emigrantes da freguesia, decidi criar um blog e actualizar o blog com notìcias da freguesia. Sei que tem tido muitas visitas porque os emigrantes volta e meia mandam-me emails a fazer perguntas sobre umas coisas e outras. Posso dizer que o objectivo do blog, que é o de informar, está a ser realizado, e estou contente por isso. Quero tambem agradecer à Castella pela ajuda que ela tem dado com as noticias da zona! Uma mais-valia para o blog!
LS – Considera que o Concelho de Seia em geral e Paranhos da Beira em particular é hoje mais divulgado a nível nacional e internacional devido á existência dos sites e blogues que por cá proliferam?
DF -
Quanto ao concelho não sei muito bem, mas quanto à freguesia de Paranhos posso dizer que não. Que eu saiba, de Paranhos, este blog é o único que existe. Sites tambem penso que o que eu tinha era o unico dedicado exclusivamente à Freguesia de Paranhos. Sei que existe uma página da Junta, mas ninguem sabe dar ao certo o endereço desse site!
LS – Sendo uma região eminentemente turística o que faz falta à Freguesia de Paranhos para atrair ainda mais turismo? Existem unidades de turismo de habitação na sua freguesia?
DF -
O que faz falta a esta Freguesia são mais infra-estruturas não só a nivel de turismo mas tambem para a população em geral. A freguesia tem algumas coisas para o turista vir ver, como a Anta do Carvalhal e pontes romanas. Paranhos tambem tem a Casa de Santa Ana, uma casa de turismo rural privada que tem tido muito sucesso.
LS – O que está bem feito em Paranhos da Beira e quais os grandes problemas que ainda persistem?
DF -
Paranhos tem evoluido bastante nos ultimos anos em certos aspectos. As estradas estao melhores, algumas infra-estruturas necessárias foram feitas, como o reservatório de àgua no Chaveiral. O polo industrial tambem é uma boa iniciativa, mas a Junta deveria fazer mais pressão para que as empresas se viessem instalar aqui, e assim trazer mais emprego para a zona. Mas muito mais poderia ser feito. Por exemplo uma piscina da freguesia onde as pessoas podiam aproveitar melhor o Verão, e as crianças poderiam aprender a nadar. Assim temos que ir para Seia para a piscina municipal, e para muitos pais, isso é um grande transtorno.
LS – Como vê hoje a situação actual de Paranhos no panorama local e concelhio?
DF -
Infelizmente, o panorama de Paranhos é o mesmo do resto do concelho. Com falta de emprego, os jovens estão a sair e a tentar a sorte noutros locais do país e no estrangeiro.
LS – Ao nível político. Enquanto cidadão acha que o concelho está a ter o desenvolvimento que deve ter, ou, há mais para fazer e o quê?
DF -
Em certos aspectos, acho que o Concelho em geral tem estado a subir de nível. Mas ainda falta muito para se fazer. Os acessos, tanto à cidade e principalmente à Serra, deveriam ser melhorados. Como zona turistica, longe vão os dias em que os autocarros de turistas paravam no largo da feira, e os restaurantes enchiam-se de pessoas para almoçarem aos domingos. E sim, podem dizer que hoje mais pessoas preferem andar com o seu próprio veículo, mas mesmo assim, o largo da feira não se enche com carros. Os proprietários das lojas comerciais e restaurantes quiexam-se. E uma das razões é o estado de conservação da estrada que vai para a serra.
LS – Vem aí a FIAGRIS. O que representa para Paranhos esta Feira? Vai haver algum stand da Freguesia nesta feira?

DF - A meu ver, a Freguesia de Paranhos não beneficia em nada com a Fiagris. Por um lado, porque ninguem da freguesia se dá ao trabalho de ir lá representar a freguesia com o seu trabalho, e as poucas empresas da Freguesia não veêm a Fiagris como uma rampa de publicidade que ela é. Por outro, os artesãos não têm a possibilidade de pagar o aluguer de um espaço para mostrarem o seu valor. A Câmara devia pensar um pouco nesse ponto, e não olhar para a Fiagris como um encaixe financeiro.
LS – Por último. Fale-nos um pouco sobre as Instituições que existem na Freguesia.
DF - Em Paranhos, as Instituições que existem são os do serviço público normal, por exemplo, a G.N.R.(por enquanto), Posto de Saúde, CTTs, e a Escola EB2,3 Tourais/Paranhos. Para além dessas, Paranhos tambem conta com um lar da Terceira Idade, uma Creche, e uma Ludoteca no Largo do Sr. Do Calvário.

23/07/2008

Parceria com Dão TV

Contando já com mais de 15 colaboradores em toda a região do Dão, o responsável pela Dão TV telefonou-me hoje no sentido de vir a ser colaborador desta televisão on line para o Concelho de Seia. Após algumas considerações da amável conversa que tivemos, decidi aceitar mais este desafio propondo-me desde já a começar a trabalhar nesse sentido. O nosso Concelho passará a ter mais visibilidade ainda e garanto-vos que as Freguesias nos vão lá ter muito brevemente. Pelas palavras simpáticas que o Presidente do Municipio de Seia, Eduardo Mendes de Brito me deu hoje logo pela manhã dando os parabéns pelas entrevistas que estão a ser publicadas, vou lançar-lhe brevemente o desafio de ser o primeiro entrevistado neste novo projecto televisivo, quiçá, não só para falar sobre as entrevistas como também para nos falar um pouco sobre projectos futuros para o Concelho.

22/07/2008

Entrevista com...José Dias Pinto

ENTREVISTA EXCLUSIVA

FREGUESIA DE CABEÇA em análise

Luis Silva (LS) - O que o levou a criar um site sobre a sua Freguesia de Cabeça?
JP - Como sabe, nasci em Cabeça, uma aldeia típica de montanha, escondida nas lombas do Vale de Loriga. Embora residindo em Seia, mantenho uma relação de apoio à povoação. A criação do site cabeca.no.sapo.pt é um projecto pessoal. Tem como objectivo divulgar a história da freguesia, desde o primeiro povoamento até aos nossos dias. É um trabalho inédito, com muitas horas de pesquisa documental e bibliográfica, entrevistas, livros de actas, fotos, correspondência particular e oficial recolhidas em Cabeça, Loriga e arquivo municipal de Seia. Cabeça tem uma história riquíssima de originalidades. Havia episódios desconexos, relatados pela tradição, em risco de se perderem. A maior aposta foi confrontá-los com fontes documentais. Descrevê-los sucintamente, é outro desafio. Divulgá-los em tempo real, é fantástico! Há uma secção de “notícias”, onde anuncio as actualizações do site e divulgo as notícias da povoação consideradas oportunas.
LS - Considera que o Concelho de Seia em geral e Cabeça em particular é hoje mais divulgado a nível nacional e internacional devido à existência dos sites e blogues que por cá proliferam?
JP - Há no concelho um lote de blogues de grande qualidade, na área da intervenção social, cultural e política. Constituem uma afirmação de verdadeira cidadania. Influenciam os órgãos do poder e condicionam a vida comunitária. É o verdadeiro contraditório entre a versão oficial e a visão particular dos factos. Não tenho dúvida que as mais insuspeitas figuras gostam de lá espreitar. A aposta do seu blog neste ciclo de entrevistas é uma prova dessa vitalidade. Os blogues são, porém, uma arma perigosa, se usada indevidamente. Um julgamento social injusto é tão iníquo quão devastador. Há pessoas que nunca mais são gente! A freguesia de Cabeça é, hoje, muito mais conhecida mercê do site cabeca.no.sapo.pt. Por exemplo, hoje toda a gente sabe que o proeminente político Dr. António de Almeida Santos é natural desta freguesia. Há poucos anos, muita gente escrevia que ele tinha nascido em Vide, em Seia e até em Loriga. Hoje ninguém tem dúvidas. Se visitar a página “Personalidades”, encontrará a síntese curricular do referido político mais actualizada da Net, servindo de referência a inúmeros cibernautas. A fotomontagem da imagem do Dr. Almeida Santos, constante do site oficial do partido socialista, foi extraída da nossa página, o que muito nos honra. (
http://www.ps.pt/index.php?option=com_content&task=blogcategory&id=13&Itemid=37)
LS – Sendo uma região eminentemente turística, o que faz falta à Freguesia de Cabeça para atrair ainda mais turismo?
JP -
Falta uma estrada ribeirinha entre Cabeça e Loriga. Este investimento viria revolucionar completamente o turismo das duas povoações. A Ribeira de Loriga é um diamante por lapidar no concelho de Seia. Os açudes, os moinhos de água e as casas de xisto das quintas do Serapitel, Fontanheiras, Coratão, Várzea e Feiteirinha, ao longo da ribeira, são um tesouro. Sem um bom acesso ao que as aldeias têm de melhor, ninguém lá vai. Fazer de Cabeça apenas um sítio de caminhadas, pouco resolve. Ninguém lá investe. O único acesso à Cabeça pela Portela do Arão é um erro estratégico que prejudica as freguesias de Loriga, Cabeça e Vide. A viajem entre Cabeça e a Portela do Arão é um grande pesadelo!
LS – O que está bem feito em Cabeça e quais os grandes problemas que ainda persistem?
JP - A Junta de Freguesia de Cabeça tem sido constituída por equipas extremamente jovens, com projectos que assentam nas novas tecnologias, preservação do património cultural, ambiente, desporto e apoio social. O saneamento básico, o Centro de Dia com apoio domiciliário, a Internet wireless gratuita a toda a população, a preservação do espólio do artesão João Marques Ascenção, o restauro dum edifício para a sede da Junta, a reparação da Levada Comunitária e o reforço do abastecimento de água são alguns dos muitos factores positivos implementados. Está, agora, em marcha uma candidatura aos fundos comunitários para a criação dum Centro de Interpretação da Aldeia de Cabeça, num edifício típico da povoação. A construção duma praia fluvial e respectivos acessos é um grande objectivo que as várias juntas de freguesia não conseguem concluir, por falta de apoio financeiro. Cabeça aguarda, pacientemente, a reabilitação urbana que lhe foi prometida. Em 7 de Novembro de 2004, o senhor Presidente da Câmara, Eduardo de Brito, realizou na freguesia uma Presidência Aberta, no decorrer da qual apresentou um projecto de reabilitação muito ambicioso, executado pelo Arquitecto Miguel Krippahl. Em 26 de Junho de 2007, após concurso público, a Câmara Municipal aprovou a adjudicação dos trabalhos a uma empresa da Anadia. Até hoje, ninguém apareceu para iniciar os trabalhos. Alguém tem de levar um cartão amarelo!
LS – Como vê hoje a situação actual de Cabeça no panorama local e concelhio?
JP -
À semelhança de muitas outras aldeias, Cabeça tem uma população envelhecida e sofreu um processo de desertificação acelerado. Parte da sua gente migrou para a região de Lisboa. Na década de 70 houve uma debandada para a sede do concelho, onde variadíssimas famílias construíram as suas habitações, educaram e mandaram estudar os filhos. Outros emigraram para os países da Europa Central. Com o declínio da indústria têxtil no concelho de Seia nos anos 90, houve um reforço dessa emigração. Os pontos negativos da freguesia prendem-se com os acessos, o desemprego e a falta de investimento na área do turismo.
LS – Ao nível político. Enquanto cidadão, acha que o concelho está a ter o desenvolvimento que deve ter, ou, há mais para fazer e o quê?
JP - Em democracia, é sempre legítimo questionar se outros não fariam melhor, porque não há insubstituíveis. No entanto, acho que é extremamente injusto negar ao actual presidente do município um grande leque de obra feita, com qualidade e gosto. O problema é que a oposição está hoje confinada a pequenos guetos partidários. Há um desinteresse brutal pela política. Há uma lamúria dispersa, mas ninguém se chega à frente! O achincalhamento gratuito dos políticos também faz ponderar muita gente. Seia é uma jovem cidade portuguesa muito conhecida. Em contactos informais pelo país, tenho concluído que a generalidade dos portugueses já esteve em Seia, alguma vez. A maioria guarda uma imagem bem positiva, elogiando a hospitalidade, a gastronomia e gabando-se de ter visitado o Museu do Pão, o Museu do Brinquedo e, agora, também o CISE. Curiosamente, acham que Seia é uma cidade turística onde gostavam de viver! Pela negativa, apontam os acessos e a falta de investimento no turismo de montanha, no percurso Seia-Torre. Se a anunciada construção dos eixos rodoviários da Estrela vier a realizar-se, o concelho dará um enorme salto qualitativo no plano turístico e na vertente empresarial. Será também uma vitória histórica do actual Presidente da Câmara que, como toda a gente sabe, lutou sozinho contra o cerco de um couraçado grupo de autarcas da região. Eduardo de Brito atingirá o pleno se, em simultâneo, conseguir a barragem de Girabolhos e levar à prática a prometida requalificação da baixa de Seia, junto à Ponte de Santiago. O pior é se o poder central lhe tira o tapete! Se estas obras não ficarem pelo papel, façam-lhe uma estátua! Se fracassarem, é altura de bater com a porta e sair por cima com um grande argumento! A elevada mediatização política do anúncio das obras assim o recomenda.
LS – Vem aí a FIAGRIS. O que representa para Cabeça esta feira? Vai haver algum stand da Freguesia nesta feira?
A FIAGRIS representa para a Cabeça um evento de festas populares, com artistas da canção, em primeiro lugar. A feira propriamente dita é relegada para segundo plano, em virtude de muitos produtos se não enquadrarem na génese do certame. Penso que a desejada retoma do crescimento económico do país impulsionará novas ideias por parte de toda a gente. As críticas que os senenses fazem à Fiagris são, infelizmente, comuns ao resto do país. Acabar com a Feira seria um erro. Que tal, mudarem-lhe o nome? A presença da freguesia de Cabeça na Fiagris era, antigamente, assegurada pelo artesão João Marques de Ascenção, com miniaturas de madeira. Após o seu falecimento, é o Centro de Apoio à Terceira Idade de Cabeça quem representa a freguesia, sempre que disponibilizado pavilhão para as IPSS.
LS – Por último. Fale-nos um pouco sobre as Instituições que existem na Freguesia.
As instituições que, a par da Junta de Freguesia, envolvem a comunidade, são as seguintes.
Associação do Centro de Apoio à Terceira Idade de Cabeça, Grupo de Apoio Social, Cultural e Desportivo de Cabeça, Núcleo Airsoft de Cabeça, Associação de Pesca da Cabeça, Assembleia de Compartes dos Baldios da Cabeça e, também, a Irmandade das Almas. Existe, ainda, o Grupo Musical “Som da Curte”.
O CATIC – Centro de Apoio à Terceira Idade foi o maior empreendimento social realizado na povoação, até hoje. Tem Centro de Dia, apoio domiciliário com alimentação, tratamento de roupa, higiene da habitação, cuidados médicos, etc. Não ficaria de bem com a minha consciência se não destacasse aqui o espírito de sacrifício e a capacidade empreendedora do Presidente da Associação, José Marques dos Santos. Com prejuízo da sua vida pessoal, dá tudo pela instituição.
O Grupo de Apoio Social e Desportivo da Cabeça
implementa várias actividades desportivas, nomeadamente a participação em torneios de futsal, provas de rolinfire, etc. O Grupo integra, ainda, o NAC – Núcleo Airsoft de Cabeça, único no distrito da Guarda.

21/07/2008

Entrevista com...Paulo Cardoso

ENTREVISTA EXCLUSIVA

SANTIAGO em análise


Luis Silva (LS) – O que o levou a criar um blogue?
Paulo Cardoso (PC) -
Eu criei o meu blogue com os seguintes objectivos: divulgar aquilo que penso, o que sinto, o que mais me intriga, aquilo que me dá gozo … às outras pessoas ao consultarem a minha página na Internet. Um blogue funciona como um diário, mas com um sentido inverso aos tradicionais diários escritos no papel de antigamente. Agora os diários digitais (blogues) são de consulta aberta, onde pode existir um diálogo entre autor e leitor.
LS – Considera que o Concelho de Seia em geral e Santiago em particular é hoje mais divulgado a nível nacional e internacional devido á existência dos blogues que por cá proliferam?
PC -
Sim. Este é um dos muitos aspectos positivos que os blogues possuem. Em qualquer parte do mundo podemos obter informação sobre a nossa aldeia, vila ou cidade. Nomeadamente, os emigrantes atenuam um pouco as saudades da sua terra através dos blogues. Quem não é emigrante, seja cidadão estrangeiro ou nacional pode conhecer, virtualmente, uma localidade do concelho e aguçar-lhe o apetite em visitá-la.
LS – O que faz falta no concelho de Seia?
PC -
A nível interno fazem falta alguns “produtos humanos” que divulguem o concelho entre fronteiras regionais: no desporto, na cultura, na sociedade. Por exemplo, não temos uma equipa de futebol ou de outra modalidade desportiva que desse cartas pelo país fora. Na cultura e na sociedade em geral não têm aparecido muitas personalidades, que consigam também divulgar o nome Seia. As poucas que existem por vezes esquecem-se das origens. É de suma importância o regresso à antena de uma rádio local, para dar voz aos munícipes e divulgar a região. Criação da casa do concelho de Seia na principal cidade do país – Lisboa, assim como, naquelas em que estão geminadas.
LS – Sendo uma região eminentemente turística o que faz falta á Serra da Estrela para de uma vez por todas ser vista como prioridade de investimentos nesta área?

PC - A nível turístico o nosso prato forte é a neve, mas ultimamente as alterações climatéricas não nos têm ajudado. Agora são curtos os períodos de neve na Torre. Por isso temos de apostar no turismo rural, de habitação recuperando-se por exemplo, casas antigas que se encontram abandonadas, aliado às belas paisagens naturais da Serra da Estrela. Ela dá-nos muito também nos meses de Verão. O Parque Natural da Serra da Estrela tem de divulgar mais o seu espaço com campanhas publicitárias, divulgando acções de sensibilização, sobre a água, a fauna e flora, caminhadas, etc. como se faz em Espanha.
LS – O que pode o visitante encontrar em Santiago?
PC -
A simpatia das suas gentes e o bom queijo da serra que por lá ainda se produz. Actividades culturais e artísticas são muito poucas as que se vão realizando. Temos em Janeiro a festa em honra de Santo Amaro com a grandiosa e tradicional fogueira, fenómeno quase único no país devido à sua dimensão. Outra festa religiosa de grande afluência é o Sagrado Coração de Jesus no 1.º Domingo de Setembro que envolve toda a freguesia. O aparecimento do Movimento de Jovens de Santiago foi uma lufada de ar fresco, realizando diferentes tipos de actividades ao longo do ano, dinamizando em muito os fins- de-semana na localidade, conseguindo atrair pessoas de outras terras para se divertirem e passarem bons momentos. Todo o visitante deve deslocar-se à igreja matriz edifício muito belo e deslumbrar-se com a imponente paisagem da Serra da Estrela no mirante de Santo Amaro, junto à capela com o mesmo nome.
LS – O que gostaria de ter em Santiago?
PC -
Santiago sofreu um pouco devido à sua localização no concelho, isto é, a proximidade com a cidade de Seia. Não tem sido vantagem, mas sim desvantagem, no meu ponto de vista. Qualquer necessidade existente as pessoas deslocam-se à sede de concelho. O poder local esqueceu-se um pouco da freguesia durante muitos anos. Não temos uma casa que seja a sede das associações que existiram/existem, onde se possa fazer um baile em condições, convívios, festas ou outros eventos. É necessário também mudança de mentalidades, para se combaterem alguns “Velhos do Restelo”, que funcionam como obstáculos a certas ideias inovadoras que vão aparecendo. É fundamental a conclusão rápida da zona do parque desportivo, para se poder praticar desporto em condições razoáveis.
LS – Vem aí a FIAGRIS. Considera este modelo de FIAGRIS o mais adequado?
PC - Pelo que vou lendo, sei que há muitas pessoas a criticarem este modelo de feira, pois tem pouco de agrícola e de industrial. É mais artesanal e comercial associado à parte dos espectáculos musicais. As pessoas envolvidas na organização saberão concerteza contornar as dificuldades que surgem de ano para ano. Devem ser receptivas às opiniões dos expositores e fazerem um inquérito aos visitantes auscultando-os também. Por exemplo, aqui em Anadia vamos na quinta edição da feira da Vinha e do Vinho (realizada no mês de Junho) e este ano as entradas foram gratuitas. De ano para ano o executivo camarário efectua alterações com vista ao seu melhoramento. Quem queria ia ver os expositores com os seus produtos, outros iam para os restaurantes ou assistir aos espectáculos musicais. Uma sugestão que se podia fazer na Fiagris, tal como se faz aqui em Anadia, durante o certame, todas as freguesias do concelho terem uma barraca para divulgarem o que de melhor têm para oferecer.
LS – Como vê hoje a situação actual de Santiago no panorama local e concelhio?
PC -
O actual presidente tem sido uma personalidade, que abanou um pouco com o marasmo que ia prevalecendo na freguesia. Contudo, há ainda muito trabalho a fazer. A aldeia irá lucrar em muito com a recuperação da zona ribeirinha do rio Seia, ali junto à Ponte de Santiago. É uma oportunidade única que pode trazer turistas à nossa região e dar-lhe mais vivacidade. Já somos, parcialmente, um “dormitório” de Seia, pois muita gente da cidade construiu casa na nossa terra e esta para se expandir ainda mais vai ter de virar-se para o lado de Santiago, não tem outra alternativa.
LS – Por último. Quais os seus blogues de referência? Porquê?
PC -
Existem muitos e bons blogues no concelho de Seia, como o Oceano de Palavras de Luís Silva, o Seia Portugal do Mário Jorge Branquinho, o do João Tilly. Como deve calcular estes são os que mais gosto, cada um com características peculiares. Todos eles têm no entanto uma coisa em comum: falam de Seia, do concelho, dos seus problemas e das suas qualidades. Costumo também dar uma vista de olhos na Bússola, no Abrupto de J.P. Pereira, no Lavandaria de Jorge fiel, que tratam de temas nacionais e internacionais. Gosto de ler igualmente alguns que retratam a Bairrada, dado ser a região onde casei e resido actualmente. Existem outros mais que denuncio no meu blogue.
LS - Obrigado pela participação !!!
PC - Eu é que agradeço o convite e desafio que me foi proporcionado.
Um abraço.
Paulo Cardoso

20/07/2008

Entrevista com...Luis Monteiro

ENTREVISTA EXCLUSIVA



Luis Silva (LS) – O que o levou a criar um blogue?
Luis Monteiro (LM) -
O primeiro blog que criei (em 2005) chamava-se «L&M – um blog sobre tabaco?» e tinha como objectivo ser uma ferramenta de trabalho para a cadeira de Laboratório de Imprensa. Cumpria também a função de diário online. Teve um prazo de validade de cerca de um ano. Este, mais recente, serve para treinar a escrita e dar asas à criatividade. Não tem qualquer propósito político ou social. Se calhar até tem, mas juro que não é de propósito.
LS – É autor de uma tese de final de curso sobre a blogosfera. Fale-nos um pouco de que consta e se há resultados que queira partilhar.
LM -
O meu projecto de final de curso, intitulado «Blogs de Portugal», consiste numa base de dados com 953 entradas onde analisei blogs de Portugal Continental e dos Arquipélagos dos Açores e da Madeira. Os blogs foram ordenados pelas categorias Distrito, Concelho, Localidade, Nome, URL, E-Mail e Keywords (palavras-chave). Depois de analisados os dados, pude concluir que Aveiro era, na altura do estudo (2006), o distrito com maior número de blogs identificados. Este resultado deveu-se, em certa parte, ao excelente portal digital do distrito, que me auxiliou na pesquisa. No que diz respeito a plataformas, a mais utilizada era o Blogger, seguida do Weblog. Generalista, Local e Diário Digital (palavras-chave) foram as categorias com mais entradas. Este resultado a que cheguei, e que responde, em parte, a uma questão feita à frente, fez-me acreditar que as comunidades (no sentido tradicional) parecem estar mais unidas com o auxílio prestado pelos blogs. No âmbito das ciências sociais também concluí que os blogs são uma actualização digital e bidireccional dos media tradicionais, servindo, em muitos casos, como meio difusor de notícias e acontecimentos locais, nacionais e até internacionais. Para a pesquisa foram utilizados motores de busca, sites, portais e, claro, muitas horas de trabalho, com alguma sorte à mistura.
LS – Considera que Seia é hoje mais divulgada a nível nacional e internacional devido á existência dos blogues que por cá proliferam?
LM -
Creio que sim. E não digo isto de ânimo leve. Tive alguns professores universitários que ficaram surpreendidos pela qualidade de alguns blogs de Seia. Chegavam até eles através de hiperligações. Este é apenas um exemplo da visibilidade que Seia passou a ter devido à sua consistente blogosfera.
LS – O que faz falta no concelho de Seia?
LM -
Dinamismo, abertura e alguma liberdade. Mas não quero ser um profeta da desgraça. Também existe muita coisa boa por aqui.
LS– Sendo um profissional na área, como vê a comunicação social no Concelho de Seia?
LM - Actualmente não me considero jornalista. Exerci a profissão durante alguns anos, até enveredar pela comunicação empresarial. Colaborei durante algum tempo com o Porta da Estrela, escrevendo quase sempre sobre cinema. Enviava os textos por e-mail e o editor fazia as alterações que achava necessárias. Nunca trabalhei fisicamente num órgão de comunicação social de Seia. Só posso falar no papel de leitor. Leio com frequência os jornais locais, quase sempre com os olhos de um jornalista. Por vezes detecto alguns erros básicos na forma da escrita dos textos, nos títulos e nos sub-títulos (que são raros), mas compreendo que isso aconteça.
LS – Ao nível político. Qual a sua percepção sobre os partidos políticos em Seia em geral e sobre as juventudes partidárias em particular?
LM - Denota-se claramente alguma falta de dinamismo. Sendo um profissional da comunicação sinto que por estes lados ainda não se dá a devida importância a aspectos básicos ligados à publicidade partidária. Não me refiro apenas a artefactos de propaganda, ou a actos circenses. Faltam reuniões, comícios, e trabalho de rua. É tudo isso que influencia a intenção de voto. Juventudes partidárias?! Onde?!
LS – Vem aí a FIAGRIS. Considera este modelo de FIAGRIS o mais adequado?

LM - Todos deveríamos apoiar a FIAGRIS com o mesmo fulgor com que deveríamos apoiar o Cine-Eco. São produtos da nossa terra e como tal trazem benefícios para todos. Não quero com isto dizer que ambos os modelos são perfeitos. Não são. Por exemplo, no caso da Fiagris, as entradas para o recinto da feira deveriam ser grátis. E porque não contratar uma empresa de organização de eventos para que os actuais responsáveis possam aprender algo mais? A mentalidade dos empresários que exibem os seus produtos também não ajuda. Continuam a pensar que aquele investimento tem que trazer lucro imediato. Isso não acontece em nenhum lado.
LS – Enquanto profissional do jornalismo, pergunto-lhe: Faz falta uma rádio em Seia? Porquê?
LM - Há muita coisa que faz falta em Seia. Uma estação de rádio é apenas uma delas. Embora seja um veículo noticioso que carece de alguma profundidade - tal como os canais de televisão -, as ondas do éter chegam praticamente a todo o lado. E isso é positivo. Muita gente informada é sempre bom. Se calhar alguns não pensam da mesma maneira…
LS – Por último. Quais os seus blogues de referência? Porquê?
LM -
Leio alguns blogs de Seia, tais como o «Civitas Sena», «João Tilly», «Legumes Salteados», «Oceano das Palavras» e o mais recente «Seia Portugal». A nível nacional leio muita coisa - «Blogotinha», «Bomba Inteligente», «Ciberesfera», «Claquete», «E Deus Criou a Mulher», «Em Português Correcto», «Há Vida em Markl», «Industrias Culturais», «Ironia do Destino», «Lauro António Apresenta…», «Movie Pit», «O Jumento», «Pitecos», «Ponte Europa», «Ponto Media», «Sound + Vision»… Há mais, mas estes são os que frequento com mais assiduidade.
Porquê? Por várias razões. Uma delas é porque a escrita e os temas são interessantes.

18/07/2008

As frases chave das primeiras 5 entrevistas

Ouvir quem tem de ser ouvido. É assim desta forma que considero estas entrevistas importantes para conhecermos melhor o Concelho e a cidade de Seia. Aqui não se inventa nada, tudo o que é referido é aquilo que os cidadãos vivem no seu dia-a-dia, aqui manda o poder do cidadão. Qual de nós não ficou a conhecer melhor os problemas das Freguesias até agora referenciadas? É ou não é uma boa base de dados para o poder político local e nacional poder consultar, meditar e agir? Os cidadãos falam desinteressadamente das opções políticas porque a maior parte não o é nem o quer vir a ser. Falam acima de tudo pelo amor às suas terras, à sua região e ao seu Concelho. Isto é a voz do cidadão no seu melhor. Até agora já publiquei 5 entrevistas. Agora chegou a vez de publicar aqui em jeito de resumo o que já foi referenciado com mais premência pelos autores. Relativamente à questão se os blogues têm ajudado na divulgação do Concelho é unânime a resposta positiva sendo que no geral pode ser entendida como uma fonte de informação credível, séria e importante que para além de dar a conhecer a noticia no plano local, regional e nacional é também uma ferramenta cada vez mais utilizada para consulta pela comunidade emigrante. Como o João Carreira dizia, “cada pessoa é um embaixador da sua terra”.

TURISMO

“faz falta no Concelho de Seia, em primeiro lugar, uma nova consciencialização colectiva que ajude a derrubar muros de marasmo e que ao mesmo tempo ajude a erguer uma frente comum de progresso”. “Seia já é hoje uma referência nacional e internacional pela valorização dos seus produtos locais, como sejam o queijo, o mel, o vinho e o pão, mas teremos de tirar partido de outros “nichos” do mercado turístico. O eixo da Ponte do Mondego até à Torre, que podia ser um filão para o concelho, tem estado ao longo dos últimos 30 anos entregue à sorte”. “O património histórico do concelho devia ser mais valorizado”
Mário Jorge Branquinho
“É uma região eminemente… incaracterística. Do lado de lá ainda há qualquer coisinha, mas do lado de cá não há nada.”. “Falta visão a quem tem decidido, arrojo à iniciativa privada e qualidade em quem devia fazer oposição ao marasmo em que Seia esteve mergulhada mais de uma década, enquanto a Covilhã trabalhou todos os dias.”. Faz falta no concelho de Seia Gente com ideias. Tout court. Sem isso não vale a pena falar do resto.
João Tilly

“Em Vide são precisas mais infra-estruturas e condições nomeadamente ao nível da habitação/alojamento, para que os turistas possam visitar e ficar.”
Manuel Costa Dias

“A Serra ainda é sinónimo de neve, por sua vez neve é sinónimo de Turistrela que detém o monopólio turístico no Maciço Central”
Pedro Amaro

“Em Loriga, falta um estabelecimento hoteleiro de relevo que atraia e revele as belezas da região. Falta um posto de turismo ( já há planta) e penso que os vários Presidentes da Junta têm feito tudo o seu melhor para atraírem turismo. O fundamental é não deixar envelhecer a população, nem a deixar fugir, atraindo empresas e ajudando os jovens a terem o prazer de viver em Loriga.”
João Carreira

EVENTOS CULTURAIS
“Pode concluir-se que se pode fazer menos, mas melhor, com maior projecção e mais impacto, embora trabalhar nesta área no interior do país, como se sabe é quase um acto heróico.”
Mário Jorge Branquinho
“Cheguei a pensar em constituir uma empresa promotora de espectáculos para fazer um mega festival Rock na Santa Eufémia de Paranhos (mais uma super ideia de borla…) Agora já não.” “Nada na onda estupidificante de um Super Bock, Super Rock, que isso só serve para se consumirem umas toneladas de cerveja e se fumarem umas arrobas de “rosmaninho”. “Já tivemos festivais até na zona paradisíaca da Sra do Desterro, com os GNR”
João Tilly

“A câmara tem de organizar ou patrocinar eventos culturais mais pequenos, que não deixam de ser importantes.”
Pedro Amaro


POLITICA
“entendo que nos aproximamos de um tempo de mudanças, novo fôlego e novas gerações políticas para dar continuidade a um trabalho autárquico que tem sido marcadamente personalista.”. “com as vias de comunicação concretizadas, o hospital e todo um conjunto de infra-estruturas culturais, sociais e económicas, julgo que se abrirá dentro de pouco tempo uma nova frente de desenvolvimento, apostada no imaterial.”
Mário Jorge Branquinho
“O concelho está a desertificar a olhos vistos. Uma emigração como não se via desde os anos 60 e ninguém fala nisso. Há quase tudo para fazer.”
João Tilly
“Choca-me ver que a Freguesia de Vide é uma das freguesias mais esquecidas do concelho, ou se não a mais esquecida, só se vêem por cá os nossos autarcas ou para participar nalguns almoços, ou para cativarem votos para serem eleitos”. “Não quero que isto seja entendido como uma critica mas sim como um apelo para que se lembrem mais de nós, porque tambem nós os videnses pagamos os nossos impostos, e tambem somos seres humanos.”. “A Freguesia de Vide, ficou parada no tempo, e que nada foi feito para melhorar as condições de vida desta gente serrana.”
Manuel Costa Dias
“O concelho de Seia não é só a cidade de Seia, é toda uma região cheia de potencial que os autarcas concelhios fazem questão em esquecer, a maioria das freguesias foram esquecidas e as consequências estão aí: falta população, faltam postos de trabalho para fixar os jovens, faltam apoios à natalidade, faltam estações de tratamento de esgotos, faltam infra-estruturas desportivas.”. “A situação é agonizante, os tempos de pujança já passaram, os jovens são poucos e são muitos os que têm mais de 65 anos, vai ser difícil inverter essa tendência. Loriga deixou de ter a importância que já teve, os votos são poucos…”. “A população decresceu mais de 60% se a comparar com os anos sessenta, a taxa de natalidade é residual, as escolas fecharam ou têm poucos alunos, a maior parte das fábricas fecharam. Se nada for feito Loriga vai ser um grande aglomerado de casas abandonadas.”
Pedro Amaro
“Julgo que os Presidentes do Município e das Juntas de Freguesia têm a vantagem competitiva do lugar e fazem obrigatoriamente obra. Devem os cidadãos julgar depois a obra feita. Os resultados, pelos números apurados, têm sido uma enorme derrota do PSD e deve o PSD encontrar em si os motivos da derrota, se resultam de fraquezas suas ou de aspectos positivos de quem está no poder.”. “Muito falta para voltar a ser a Loriga da minha infância ao som de gente constantemente a correr na rua vindo e indo para as fábricas ao som das sirenes. Nada volta para trás. Loriga e outras terras do Concelho agonizam, esvaziam-se e envelhecem e seria bom que todos se unissem e criassem objectivos para inverter a situação que não só existe no Concelho de Seia, mas também em todo o Interior. Infelizmente, o poder central tem carregado bastante o poder local”. “O esforço do saneamento e de obter níveis razoáveis de água à população são uma notável vitória da população de Loriga e da Junta de Freguesia. O crescimento habitacional e o planeamento não tem sido tão bem geridos e têm resultado até no estreitar de ruas, anteriormente mais largas. A saúde, ou melhor, a falta de um médico permanente é uma tragédia em Loriga. Infelizmente, para além de um pouco de comércio e hotelaria, toda a indústria centenária de lanifícios, desaparecida, originou uma valente migração e emigração.”” só resta isto e várias ruínas de fábricas.”
João Carreira


FIAGRIS
“A Fiagris tem que mudar, porque mudou tudo à volta e os pressupostos da sua organização não evoluíram. A Fiagris tem de ser sempre a Festa do povo, mas não tem necessariamente de ser a Feira de poucas vendas.”
Mário Jorge Branquinho
“Pagar para se ver quem paga para lá estar é, no mínimo, pouco inteligente. Mas penso que isso vai mudar, porque de cada vez que eu denuncio uma evidência ela acaba por mudar… 2 anos depois. Nem o nome faz sentido porque a feira já não é industrial e muito menos agrícola.”
João Tilly
“Olhe que essa feira pelo que me tenho apercebido, representa pouco, talvez por ser pouco divulgada aqui na nossa localidade”
Manuel Costa Dias
“Não ligo muito à FIAGRIS, no entanto parece-me que cada vez tem menos força económica e social.”
Pedro Amaro
“As candidaturas para a FIAGRIS terminaram no final de Maio e eu, por não viver em Loriga, desconheço se haverá algum pavilhão. Pessoalmente gostaria que sim e que fosse aproveitado pelos empresários locais para difundirem os seus produtos e que a Junta de Freguesia também aproveitasse para dar a conhecer a terra.”
João Carreira

RADIO
“É evidente que há os jornais locais e a internet, mas esses não substituem a rádio, que é um órgão do povo que permite acesso privilegiado e democratizado à informação”
Mário Jorge Branquinho

16/07/2008

Entrevista com...João Carreira

ENTREVISTA EXCLUSIVA

LORIGA em análise


Luis Silva (LS) – O que o levou a criar um blog sobre a sua Freguesia de Loriga?
João Carreira (JC) -
Caro Luís Silva, primeiro de tudo, Muito Obrigado pelo convite. Li todas as entrevistas até agora e achei-as bastante interessantes, até porque acho que todos responderam sinceramente. A iniciativa é bastante interessante e de louvar. Espero também que sirva para estimular o confronto e o saudável surgimento de ideias sobre uma zona que todos amamos. Quanto à questão, o meu blogue surgiu não só para divulgar Loriga e a Serra da Estrela, mas também para estar em contacto com familiares distantes. Os meus avós maternos, por quem fui educado, tiveram 13 filhos. A minha avó teve 13 irmãos e 9 tios. O meu avô teve 5 irmãos e toda a descendência destes tios vive no Brasil, por isso o blogue tem algumas mensagens muito pessoais; para matar a saudade.

LS – Considera que o Concelho de Seia em geral e Loriga em particular é hoje mais divulgada a nível nacional e internacional devido á existência dos sites e blogues que por cá proliferam?
JC - Sim, creio que sim. Há imensa gente do Concelho de Seia que emigrou e continua a emigrar e que procura estar, através da Internet, mais perto da sua terra sabendo notícias e novidades. Nisso o Concelho de Seia está bastante à frente de muitos lugares. Basta salientar, e não citando tantos outros exemplos, o empenho de terras como a Cabeça ou a Lapa dos Dinheiros na divulgação das suas terras; para não falar de Loriga e de Seia. A gratuitidade da Internet ao cidadão comum é igualmente muito importante, não só para estreitar os laços familiares, mas também para criar amizades e difundir o Concelho. Cada pessoa é um embaixador da sua terra.

LS – Sendo uma região eminentemente turística o que faz falta à Freguesia de Loriga para atrair ainda mais turismo?
JC -
Tem sido grande o esforço e o risco das pessoas em lançarem vários estabelecimentos dedicados ao turismo e à hotelaria. Julgo que com bons resultados, embora com elevados custos. Em Loriga, falta um estabelecimento hoteleiro de relevo que atraia e revele as belezas da região. Falta um posto de turismo ( já há planta) e penso que os vários Presidentes da Junta têm feito tudo o seu melhor para atraírem turismo. O fundamental é não deixar envelhecer a população, nem a deixar fugir, atraindo empresas e ajudando os jovens a terem o prazer de viver em Loriga. Julgo que as pistas de esqui, nos baldios de Loriga, serão sempre um trunfo, mas resta a quem de poder saber gerir bem os valores disponíveis.

LS – O que está bem feito em Loriga e quais os grandes problemas que ainda persistem? Quais as entidades empregadoras actuais na freguesia?
JC -
O esforço do saneamento e de obter níveis razoáveis de água à população são uma notável vitória da população de Loriga e da Junta de Freguesia. O crescimento habitacional e o planeamento não tem sido tão bem geridos e têm resultado até no estreitar de ruas, anteriormente mais largas. A saúde, ou melhor, a falta de um médico permanente é uma tragédia em Loriga. Infelizmente, para além de um pouco de comércio e hotelaria, toda a indústria centenária de lanifícios, desaparecida, originou uma valente migração e emigração. A panificação surgiu em força e com vitalidade, devido à personalidade empreendedora dos proprietários da Loripão. O mesmo aconteceu com os Têxteis Pinto Lucas e a indústria metalúrgica Vaz Leal, SA, antiga e com excelentes profissionais. Mas só resta isto e várias ruínas de fábricas.

LS – Como vê hoje a situação actual de Loriga no panorama local e concelhio?
JC - Muito falta para voltar a ser a Loriga da minha infância ao som de gente constantemente a correr na rua vindo e indo para as fábricas ao som das sirenes. Nada volta para trás. Loriga e outras terras do Concelho agonizam, esvaziam-se e envelhecem e seria bom que todos se unissem e criassem objectivos para inverter a situação que não só existe no Conselho de Seia, mas também em todo o Interior. Infelizmente, o poder central tem carregado bastante o poder local; que se vai contentando com uma fiscalização aparentemente menos exaustiva de contas.

LS – Ao nível político. Enquanto cidadão acha que o concelho está a ter o desenvolvimento que deve ter, ou, há mais para fazer e o quê?
JC - Ao nível político voto fora do Concelho. Politicamente sou militante do PSD, mas apenas posso observar o Concelho com a visão de quem vive de fora. Julgo que os Presidentes do Município e das Juntas de Freguesia têm a vantagem competitiva do lugar e fazem obrigatoriamente obra. Devem os cidadãos julgar depois a obra feita. Os resultados, pelos números apurados, têm sido uma enorme derrota do PSD e deve o PSD encontrar em si os motivos da derrota, se resultam de fraquezas suas ou de aspectos positivos de quem está no poder. O desenvolvimento é o que o Estado permite; e o que a imaginação e o empreendedorismo de alguns consegue. Pessoalmente, julgo que tem sido muito pouco, cabe a todos avaliar as razões e superar as causas.

LS – Vem aí a FIAGRIS. O que representa para Loriga esta Feira? Vai haver algum stand da Freguesia nesta feira?
JC -
Todos os acontecimentos onde Loriga ou qualquer outra localidade do Concelho possa mostrar os seus valores, costumes, tradições e principalmente potencialidades devem ser intensamente aproveitados. As candidaturas para a FIAGRIS terminaram no final de Maio e eu, por não viver em Loriga, desconheço se haverá algum pavilhão. Pessoalmente gostaria que sim e que fosse aproveitado pelos empresários locais para difundirem os seus produtos e que a Junta de Freguesia também aproveitasse para dar a conhecer a terra. Julgo que a FIAGRIS é excelente iniciativa e vitória das pessoas de Seia.

LS – Por último. Fale-nos um pouco sobre as Instituições que existem na Freguesia.
JC - As instituições sociais em Loriga são de uma relevância notória. O lar de Terceira Idade manifesta o profundo empenho da Paróquia de Santa Maria Maior de Loriga e dos vários reverendíssimos padres que a ela têm dado o seu tempo, o seu empenho e a sua acção. A Associação de Apoio à Terceira Idade é também, de igual forma um excelente exemplo de união das pessoas. O Grupo Desportivo de Loriga, manifesta o que de melhor une as pessoas e constitui, para muitos, uma segunda família. O mesmo se poderá dizer sobre a Cooperativa Popular. A Banda Filarmónica de Loriga é uma escola de talentos e a melhor das embaixadoras. Os Bombeiros Voluntários crescem a olhos vistos e esforçadamente. Até as pessoas que constituem a Escola Secundária Dr. Reis Leitão se dedicam com alma na divulgação da cultura e na educação dos mais novos. Fora de Loriga é de salientar a ANALOR e o Centro Loriguense de Belém do Pará, no Brasil.

Eu é que agradeço imenso pela participação !!!

15/07/2008

Entrevista com...Pedro Amaro

ENTREVISTA EXCLUSIVA

A análise à Freguesia de LORIGA

Luis Silva (LS) – O que o levou a criar um blogue?
Pedro Amaro (PA) - Criei o blogue com o intuito de divulgar Loriga e toda a região que a envolve em todas as vertentes. A matéria prima é a fotografia, e, a partir dela teço o meu comentário sobre acontecimentos, usos e costumes que considero relevantes nesta região, por outro lado dou bastante importância aos ecossistemas, mostrando a flora e a fauna que existem na encosta sudoeste da Serra Estrela. Por fim exploro a problemática da poluição denunciando actos lesivos feitos ao ambiente.

LS – Considera que o Concelho de Seia em geral e Loriga em particular é hoje mais divulgado a nível nacional e internacional devido á existência dos blogues que por cá proliferam?

PA - Os blogues aproximaram as pessoas e deram aos cibernautas a possibilidade de opinar e divulgar as potencialidades e os problemas da nossa região. O concelho de Seia e Loriga em particular, beneficiaram e continuam a beneficiar desta forma de comunicar, porque para além de haver blogues com muita qualidade a nossa região tem qualidade!

LS – O que faz falta no concelho de Seia?
PA -
concelho de Seia não é só a cidade de Seia, é toda uma região cheia de potencial que os autarcas concelhios fazem questão em esquecer, a maioria das freguesias foram esquecidas e as consequências estão aí: falta população, faltam postos de trabalho para fixar os jovens, faltam apoios à natalidade, faltam estações de tratamento de esgotos, faltam infra-estruturas desportivas. O concelho tem de ser visto como um todo porque só assim será possível crescer.

LS – Sendo uma região eminentemente turística o que faz falta á Serra da Estrela para de uma vez por todas ser vista como prioridade de investimentos nesta área?
PA - Já foi feita alguma coisa nesse sentido, no entanto a Serra ainda é sinónimo de neve, por sua vez neve é sinónimo de Turistrela que detém o monopólio turístico no Maciço Central, não havendo concorrentes não há diversificação, não há desenvolvimento. Temos de valorizar e dar a conhecer a nossa cultura, as nossas tradições, as pequenas aldeias e os rios que moldaram a Serra.

LS – Acha que faz falta um festival de música nesta região à imagem do que acontece nesta altura do ano noutras localidades?
PA - Para que um festival de música seja bem sucedido é necessário haver um elevado investimento e uma boa organização, bons organizadores acredito que haja, mas dinheiro… A câmara tem de organizar ou patrocinar eventos culturais mais pequenos, que não deixam de ser importantes.

LS - Ao nível político. Enquanto cidadão acha que o concelho está a ter o desenvolvimento que deve ter, ou, há mais para fazer e o quê?
PA -
Claro que não, veja-se o caso da Loriga onde actualmente habito: a população decresceu mais de 60% se a comparar com os anos sessenta, a taxa de natalidade é residual, as escolas fecharam ou têm poucos alunos, a maior parte das fábricas fecharam. Se nada for feito Loriga vai ser um grande aglomerado de casas abandonadas. O mesmo se passa com a maioria das nossas freguesias.

LS – Vem aí a FIAGRIS. Considera este modelo de FIAGRIS o mais adequado?
PA - Não ligo muito à FIAGRIS, no entanto parece-me que cada vez tem menos força económica e social.

LS – Como vê hoje a situação actual de Loriga no panorama local e concelhio?
PA - A situação é agonizante, os tempos de pujança já passaram, os jovens são poucos e são muitos os que têm mais de 65 anos, vai ser difícil inverter essa tendência. Loriga deixou de ter a importância que já teve, os votos são poucos…

LS – Por último. Quais os seus blogues de referência? Porquê?
PA -
Acompanho e leio os blogues da região em especial aqueles onde se escreve sobre o desenvolvimento sustentado da Serra da Estrela.

14/07/2008

Entrevista com...Manuel Costa Dias (DIASNET)

ENTREVISTA EXCLUSIVA

A 1.ª página na internet no Concelho de Seia deve-se a este homem. Já lá vão 16 anos...

A análise à Freguesia de VIDE.

Luis Silva (LS) – O que o move a criar sites e a divulgar as regiões da Serra?
Manuel Dias (MD) -
Em principio, o gosto pela internet e pelos computadores, por outro lado, estas regiões estão tão abandonadas e esquecidas, que tudo o que contribua para as divulgar é bom, e hoje em dia, penso eu, a internet é um dos melhores meios para o fazer.
LS – Considera que o Concelho de Seia em geral e Vide em particular é hoje mais divulgado a nível nacional e internacional devido á existência dos sites e blogues que por cá proliferam?
MD -
Sem duvida que é, há 15 anos quando fiz a primeira página aqui no Concelho de Seia (página da Barriosa), penso eu, já que não tenho conhecimento da existência de outra, o Concelho, era conhecido só em Seia e a Serra, algumas freguesias próximas e pouco mais, há uns cinco ou seis anos atráz começaram a aparecer umas páginas, e mais recentemente os Blogs, que vieram mostrar ao mundo que o Concelho de Seia tinha locais maravilhosos e da existência de culturas esquecidas, posso referir aqui duas páginas feitas e divulgadas por mim (
http://www.casapovovide.org ), página da Casa do Povo de Vide, esta feita há mais ou menos 5 anos, e a hoje totalmente remodelada página da Barriosa ( http://www.lrab.org ), atrevo-me a dizer que estas duas páginas mudaram até a maneira de viver na Freguesia de Vide.
LS – Sendo uma região eminentemente turística o que faz falta a Vide para atrair ainda mais turismo?
MD - São precisas mais infraestruturas e condições nomeadamente ao nível da habitação/alojamento, para que os turistas possam visitar e ficar.
LS – O que está bem feito em Vide e quais os grandes problemas que ainda persistem?
MD - Nem vou nomear todos porque eram precisas várias páginas deste blog e as pessoas com tanto palavreado acabavam por se ir embora sem ler, o que eu posso dizer para resumir isso tudo é que a Freguesia de Vide, ficou parada no tempo, e que nada foi feito para melhorar as condições de vida desta gente serrana.
LS – Como vê hoje a situação actual de Vide no panorama local e concelhio?

MD - Nessa situação, choca-me ver que a Freguesia de Vide é uma das freguesias mais esquecidas do concelho, ou se não a mais esquecida, só se veem por cá os nossos autarcas ou para participar nalguns almoços, ou para cativarem votos para serem eleitos, e sei o que digo porque desde há seis anos para cá fiz a cobertura de todas as vezes que os autarcas vieram á Freguesia de Vide para publicar na net, não quero que isto seja entendido como uma critica mas sim como um apelo para que se lembrem mais de nós, porque tambem nós os videnses pagamos os nossos impostos, e tambem somos seres humanos.
LS – Ao nível político. Enquanto cidadão acha que o concelho está a ter o desenvolvimento que deve ter, ou, há mais para fazer e o quê?
MD - A esse nível, não me tenho debruçado muito no assunto, mas entendo que há muito para fazer ou que se deveria fazer, é uma questão de os nossos autarcas terem vontade ou capacidade para o fazer.
LS – Vem aí a FIAGRIS. O que representa para Vide esta Feira? Vai haver algum stand da Freguesia nesta feira?
MD - Olhe que essa feira pelo que me tenho apercebido, representa pouco, talvez por ser pouco divulgada aqui na nossa localidade, e tambem, talvez porque as pessoas que poderíam ter um papel importante nesse sentido, não o queiram fazer, em relação ao stand, de momento não tenho conhecimento de nenhum, talvez alguem se lembre de que essa tambem é uma maneira de levar a nossa localidade até á sede de concelho.
LS – Por último. Quais os seus blogues de referência? Porquê?
MD -
Bem, para não ferir sensibilidades, porque tenho bastantes como referência, só posso dizer que os meus preferidos são sem sombra de duvida, os do nosso concelho. Para terminar, quero aqui deixar o nome da minha página preferida, foi feita por mim, há 16 anos e que ao longo dos anos sofreu várias transformações, (
http://www.malhadadorei.com ) é a página da aldeia onde eu nasci e que se chama Malhada do Rei, e fica no Concelho de Pampilhosa da Serra.

13/07/2008

Entrevista com...João Tilly

ENTREVISTA EXCLUSIVA


Luis Silva (LS) – O que o levou a criar um blogue?
João Tilly (JT) - Nem sei. A necessidade de publicar as minhas ideias, não, concerteza. Era editor do Porta da Estrela Online, colocava notícias novas todos os dias e comentava a actualidade política local da forma que queria, tanto em papel como no Online. Escrevia para o Independente, para o Expresso, para o DN, para o JN (o artigo que escrevi sobre o velho Hospital de Seia denominado «a dança macabra das ambulâncias» acabou por acontecer com o meu Pai 6 meses após…). Acho que foi o meu irmão que me disse que havia para aí uma coisa nova que eram os blogs… (2003)

LS – Considera que Seia é hoje mais divulgada a nível nacional e internacional devido á existência dos blogues que por cá proliferam?
JT
- Também é divulgada através dos blogs. Os jornais produzem hoje uma informação muito “seleccionada”, vá-se lá saber porquê. Basta referir a vaga avassaladora de assaltos que todos os dias acontecem, desde há meses, sem que haja um reflexozinho no jornal.
Foi preciso assaltarem a mãe do director de um deles para haver uma breve referência a isso.

LS – O que faz falta no concelho de Seia?
JT - Gente com ideias. Tout court. Sem isso não vale a pena falar do resto.

LS – Sendo uma região eminentemente turística o que faz falta á Serra da Estrela para de uma vez por todas ser vista como prioridade de investimentos nesta área?
JT - Mas não é verdade. Poderia e deveria sê-lo mas não é. É uma região eminemente… incaracterística. Do lado de lá ainda há qualquer coisinha, mas do lado de cá não há nada. Tudo muito amador. Basta sair daqui (Espanha, Andorra, França, Áustria, Finlândia), para comparar. Mas nunca há comparação. Estamos a anos-luz de distância. E era só copiar as coisas boas, já que as más são fáceis de copiar e nem é preciso, porque com o tempo todas cá vêm parar… Falta visão a quem tem decidido, arrojo à iniciativa privada e qualidade em quem devia fazer oposição ao marasmo em que Seia esteve mergulhada mais de uma década, enquanto a Covilhã trabalhou todos os dias. O resultado está à vista. As únicas pistas de ski estão em Seia (Loriga) mas são exploradas pelo lado de lá… Aqui há 1 hotel, lá há 6. E não vale a pena fazer mais comparações.

LSAcha que faz falta um festival de música nesta região à imagem do que acontece nesta altura do ano noutras localidades?
JT - Já acreditei, há 30 anos. Era músico e tocava em bandas que eram convidadas para esses festivais. Quando só havia o Só Rock, em Coimbra e o Vilar de Mouros. Cheguei a pensar em constituir uma empresa promotora de espectáculos para fazer um mega festival Rock na Santa Eufémia de Paranhos (mais uma super ideia de borla…) Agora já não. É inconsequente para o Concelho e dará sempre maior prejuízo que lucro. Tinha que ser uma coisa muito bem pensada. Nada na onda estupidificante de um Super Bock, Super Rock, que isso só serve para se consumirem umas toneladas de cerveja e se fumarem umas arrobas de “rosmaninho” nas barbas da polícia e mais nada. Não presta para nada, isso. Nada se ganha. E está mal informado. Já tivemos festivais até na zona paradisíaca da Sra do Desterro, com os GNR. Mas também já ninguém se lembra disso. O que é que se ganha com essas coisas, afinal? Ainda por cima dariam prejuízo, e não seria pouco, porque não há sponsors para um festival em Seia. Só quem não perceba nada de organização de mega-eventos pode pensar nisso, nos dias que correm.

LS – Ao nível político. Enquanto deputado municipal acha que o concelho está a ter o desenvolvimento que deve ter, ou, há mais para fazer e o quê?
JT
- O concelho está a desertificar a olhos vistos. Uma emigração como não se via desde os anos 60 e ninguém fala nisso. Há quase tudo para fazer. Remeto-o para a minha moção de estratégia de 2007. Está tão actual como no ano passado. Isso já diz tudo. O Executivo acordou, finalmente, para a necessidade de abanar o que resta antes que não reste nada. Espero que a tempo. Em Gouveia, Mangualde, Nelas, Fornos e Celorico, por exemplo, penso que já não se foi a tempo. Em Seia, estaremos no limite. Ou ligeiramente após o ponto de não retorno.

LS – Considera este modelo de FIAGRIS o mais adequado?
JT
- Não. Já o disse na AM. Os expositores devem poder ser visitados de borla. Só se deve pagar os espectáculos, nada mais. Estou farto de dizer isso. Pagar para se ver quem paga para lá estar é, no mínimo, pouco inteligente. Mas penso que isso vai mudar, porque de cada vez que eu denuncio uma evidência ela acaba por mudar… 2 anos depois. Nem o nome faz sentido porque a feira já não é industrial e muito menos agrícola. Aquilo é um pretexto para as pessoas se encontrarem e confraternizarem e isso é positivo. Mas não era preciso que se cobrasse um bilhete para a socialização.

LS – Porque decidiu ser candidato à Concelhia do PSD de Seia?
JT - Não decidi. Fui “obrigado” por alguém a quem não posso dizer que não. Dizer outra coisa seria mentir e armar-me em pedante. E isso não sou. Gordo e careca, sim. Estúpido, penso que será unânime que eu não serei.
Espero bem que apareça depressa a lista do “sistema” para que eu leve uma grande abada e possa prosseguir a minha vidinha em paz. Com as minhas aulas e os meus filmes… e sempre a malhar no Sócras, pois claro!

LS – Por último. Quais os seus blogues de referência? Porquê?
JT
- Não tenho tempo para ler blogs, meu Caro. Antigamente ainda lia alguns. O Pacheco Pereira… Hoje não tenho tempo nem para corrigir os meus textos que escrevo sempre ao correr da pena, tal como estou a fazer agora.