Esta semana o Governo através do Ministério da Segurança Social decidiu enviar cartas a todos os reformados. Acontece que as cartas tratavam de alertar os reformados para a existência do Complemento Solidário para Idosos. No dia seguinte, à porta da Segurança Social de Seia, pelas 8h30, a fila já chegava ao Centro de Saúde. Abeirei-me de um conhecido e perguntei porque razão ali estava ele e aquelas pessoas todas, ao qual me mostrou a carta e que ia ali para lhe explicarem como é que aquilo funciona para receber mais uns troquitos. Após lhe ter dado umas luzes sobre o funcionamento desta candidatura apercebi-me que o valor da reforma desta pessoa era de 900 euros. Ora, este CSI destina-se a pessoas com pensões inferiores a 350 euros o que desde logo este acto do envio das cartas é revelador da propaganda que estão a fazer com esta promessa eleitoral que ainda não deu os resultados pretendidos e á força o querem pôr no terreno mesmo sabendo que tem sido motivo de conflitos entre pais e filhos por pedirem também os vencimentos destes últimos. Sim, é que contrariamente ao que tem sido veiculado pela imprensa, é certo que se eliminaram alguns papeis neste imenso processo mas também é certo que não pedem agora o IRS dos filhos mas pedem o nome completo, o numero de contribuinte e o numero de beneficiário. Para quê? Claro está para cruzarem os dados entre seg.social e finanças e obterem a mesma informação mas de outra forma. Pena é que se gastem milhares de euros em papel e cartas para não darem em nada. Já agora porque não foi feita uma selecção apenas dos reformados com direito a este beneficio? Terá o Ministério da Segurança Social assim tanto dinheiro para esbanjar desta maneira? É que estas cartas foram recebidas por reformados pobres e por reformados ricos. Haja dó meus senhores, "não batam mais nos velhinhos e nos seus filhos" porque só arranjam problemas ás famílias e já agora, não peçam só os vencimentos dos reformados e dos seus filhos, peçam também as despesas fixas mensais porque só assim se pode calcular o rendimento per capita.
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