17/09/2012

Nem tudo vai mal

SONAE investe 52 milhões em inovação.

A Sonae investiu 52 milhões de euros em inovação, investigação e desenvolvimento nos seus negócios de retalho.
O "Livro de Inovação 2011", que acaba de ser lançado, relata que os mais de 30 mil colaboradores das áreas de retalho da Sonae "envolveram-se na geração de ideias e em projectos de inovação", numa estratégia de "open innovation" que envolveu também a comunidade, universidades e centros de investigação. O investimento permitiu a criação de novos produtos e serviços, novos processos, "acções muito distintivas de activação de marca e de responsabilidade social e uma adaptação contínua à realidade do mercado através de alterações organizacionais", sublinha.

AUTOEUROPA negoceia aumentos

Os funcionários e a administração da Autoeuropa começaram na semana passada as negociações de um novo acordo laboral para vigorar nos próximos dois anos. O coordenador da comissão de Trabalhadores da fábrica, António Chora, adiantou ao SOL que o caderno reivindicativo inclui subidas salariais 1,5% acima da inflação prevista para o próximo ano.

O valor preciso da proposta ainda não é conhecido – será definido tendo em conta as projecções do Orçamento do Estado (OE) para 2013, a 15 de Outubro –, mas reflecte a pretensão dos trabalhadores conseguirem repor o poder de compra perdido nos anos mais recentes.

Nas últimas negociações, em 2010, os trabalhadores da Autoeuropa acordaram com a empresa aumentos de 3,9% para o biénio seguinte. Mas a inflação registada nos dois anos superou esse valor: 3,65% em 2011 e 3,3% até Julho deste ano.

TSU entra nas negociações

As negociações deste ano têm a particularidade de ocorrerem num momento em que são já conhecidas as medidas do OE2013 que terão impacto na fábrica, nomeadamente a redução da Taxa Social Única (TSU) para empregadores.

Chora refere que a medida «não vai criar qualquer emprego» na unidade da Volkswagen em Palmela, uma vez que as perspectivas de produção estão a ser revistas em baixa. Para Outubro, foram marcados quatro novos dias de paragem de produção – os chamados down days –, o que eleva para 27 o total deste ano.

O responsável admite, porém, que a medida pode ajudar a manter postos de trabalho, caso haja uma redução adicional das perspectivas de produção para 2013. «Os nossos cálculos indicam que a redução da TSU seja equivalente a 180 a 200 salários médios», revela Chora.

joao.madeira@sol.pt

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