A taxa de desemprego no Michigan - no nordeste dos EUA, junto ao Canadá - é a mais alta do país e é ainda mais elevada em certas regiões do estado, onde fecharam numerosas fábricas de componentes para automóveis.
O filme atribui a responsabilidade pela crise económica à política de desregulação do mercado iniciada pelo Presidente Reagan e à ganância dos executivos empresariais que Moore acredita terem minado a livre empresa com política que beneficiaram um por cento - os mais ricos - com prejuízo das classes mais baixas e média. Moore, que nasceu em Flint, no Michigan, explicou que foi melhor ter produzido o filme em Traverse City, "no coração da crise, do que na bolha de Nova Iorque". Restam poucas dúvidas que este será mais um filme controverso de Michael Moore, que há muito que suscita a ira dos mais conservadores, nomeadamente com a sua sátira negra contra a paixão pelas armas, em "Bowling for Columbine" e com "Fahrenheit 9/11", de crítica à política de Bush em relação aos atentados do 11 de Setembro. O seu documentário crítico mais recente, "Sicko", é uma sátira implacável ao sistema de saúde norte-americano. O antigo governador republicano William Milliken, que assistiu à exibição de "Capitalism: A Love Story", considerou o filme impressionante."A mensagem sobre as injustiças que ainda persistem e dominam a nossa sociedade é impressionante", disse Milliken.
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