14/04/2010

O blogue feito pelos seus leitores

João Carreira enviou-me o seguinte link para o blogue da secção B onde se pode ler:
UM ÚLTIMO ADEUS

Diz-se que em Abril, águas mil. O sol dos últimos dias deu lugar à chuva. Com o sol foi-se o nosso companheiro Nascimento Rodrigues, da Freguesia de Nossa Senhora de Fátima. A JSD Secção B quer, por este meio, prestar condolências à sua família, já que a falta de um companheiro jamais é suprida. É altura de recordar o trabalho de um de nós, de um amigo, de um democrata na verdadeira acepção da palavra. Cidadão exemplar, Nascimento Rodrigues promoveu sempre o prestígio da Provedoria de Justiça, defendendo uma Administração Pública mais transparente nas suas relações. Destacou-se na luta pela liberdade sindical, pelo diálogo e negociação tripartida, pela defesa dos direitos dos trabalhadores e de uma democracia política mais comunicativa entre patrões e empregados. Deputado à Assembleia da República, pelo Círculo Eleitoral de Lisboa, presidiu também à Comissão Parlamentar do Trabalho (1979-1980). Ministro do Trabalho do VII Governo Constitucional, foi consultor da Organização Internacional do Trabalho, dirigiu o Gabinete de Cooperação com África do Ministério do Trabalho e representou o VII Governo na Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho. Em 1992 foi eleito pela Assembleia da República, presidente do Conselho Económico e Social, cargo que exerceu até 1996. Foi eleito, em 2000, Provedor de Justiça, pela Assembleia da República, e reeleito em 2004, cargo a que renunciou no dia 3 de Junho de 2009. Foi ainda membro do Conselho de Estado. Enquanto dirigente do PSD, Ministro do Trabalho, Deputado, primeiro Presidente do Conselho Económico e Social e Provedor de Justiça sempre se bateu pelos valores da justiça social, da liberdade sindical e do diálogo social tripartido.Quando Presidente da Conferência Geral na Organização Internacional do Trabalho e responsável pela criação nos Países de Língua Oficial Portuguesa de instituições de diálogo e concertação, sempre promoveu instituições de participação social que contribuissem para o aprofundamento da democracia política. É por isso, o grande pesar com que nos deixa. Para sempre nos lembraremos da sua contribuição para um Portugal mais democrático, com uma relação mais pacífica entre empregador e empregados e acima de tudo com transparência da Adm. Pública e Justiça.

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