30/05/2010

Banco Alimentar recolheu 1543 toneladas de géneros alimentares

A campanha deste fim-de-semana do Banco Alimentar Contra a Fome recolheu até às 18h00 de hoje 1543 toneladas de géneros alimentícios, mais 58 toneladas face a idêntico período de 2009, disse a presidente da instituição. Em declarações à Lusa, Isabel Jonet indicou que foram recolhidas sábado 1144 toneladas e hoje, até às 18h00, mais 400, o que perfaz um total de 1543. No ano passado, até esta altura, tinham sido recolhidas 1485. “Não estava à espera de uma diminuição dos donativos. Tenho sempre imensa confiança na generosidade dos portugueses, mesmo numa época de crise grave”, congratulou-se a presidente do Banco Alimentar.Segundo Isabel Jonet, os dados finais só estarão apurados mais ao fim da noite, uma vez que muitos supermercados onde são recolhidos os alimentos estiveram abertos até às 21h00.Este ano, mais de 28 mil pessoas trabalharam como voluntárias nos cerca de 1400 pontos de recolha, para um total de 17 Bancos Alimentares espalhados pelo país. “Há até muitos portugueses que, não estando num período abonado, não deixam de contribuir”, sublinhou. De acordo com a presidente da instituição, o arroz e o leite foram naturalmente os alimentos mais oferecidos, com grande vantagem sobre outros produtos como massas, enlatados, azeite e óleo.No entanto, há quem tenha “fugido” às indicações do Banco Alimentar: “Ligou-me uma senhora para me contar que deu tudo o que nós não pedimos, mas que os pobres também gostam, como marmeladas e chocolates: ‘Eles também precisam de mimos’, disse-me a senhora”, contou.Os Bancos Alimentares Contra a Fome apoiam 1750 instituições de solidariedade, que dão apoio alimentar a mais de 275 mil pessoas. Só no ano passado foram distribuídas 23 mil toneladas de alimentos (equivalentes a um valor global estimado superior a 31,4 milhões de euros), o que significa um movimento médio de 90,7 toneladas por dia útil.No 1.º trimestre de 2009 verificou-se uma crescente procura de apoio alimentar, tanto por parte das instituições beneficiárias, como directamente por pessoas carenciadas, em linha com o agravamento da situação económica e com o crescimento do desemprego, lê-se no site da instituição.

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