Preparado para voltar às telas no dia 2 de novembro, uma vez mais na pele de Daniel Craig, em "007 — Operação Skyfall", James Bond vai festejar dois aniversários em 2012. Ao mesmo tempo em que completa 60 anos de existência, o espião criado em fevereiro de 1952 pelo escritor inglês Ian Fleming comemora suas bodas de ouro com o cinema. Em 6 de outubro de 1962, Sean Connery estreia "007 contra o satânico Dr. No", iniciando uma das franquias mais rentáveis da indústria do entretenimento. Há quase seis décadas que o personagem fictício James Bond, vem conquistando legiões de fãs pelo mundo inteiro. O sucesso literário e cinematográfico transformou a personagem em uma grande franquia. Mesmo após a morte de Ian Fleming, as suas aventuras continuaram a ser escritas por vários escritores. No cinema, a franquia continua a produzir grandes sucessos, sem arranhar a imagem do agente secreto, ou mesmo levá-la ao desgaste, façanha só possível pela genialidade criativa dos roteiros e a renovação constante dos intérpretes.
James Bond fascina pela inteligência e astúcia, charme carismático, aventuras perigosas e exóticas, pelas conquistas às mais belas mulheres. De humor sagaz e cavalheirismo incondicional. Desde o primeiro filme da série James Bond, houve uma aceitação instantânea. Aconteceu no ano em que a Guerra Fria quase chegou a uma catástrofe nuclear, com a crise deflagrada entre os Estados Unidos e a União Soviética por causa dos mísseis de Cuba. Nada mais oportuno do que um filme no qual o herói salvava o mundo do perigo atômico. Sean Connery, até então, um ator pouco conhecido, foi transformado em um ícone do cinema dos anos 1960. A euforia causada pelo primeiro filme, moldou as características que os todos os outros viriam ter, tornando-se imprescindível sofisticá-las, sem nunca abandoná-las. A primeira marca da filmografia de 007 vinha logo na abertura do filme, com uma vinheta inovadora, que apresentava dentro de um círculo James Bond de perfil, caminhando tranquilamente, a vestir elegantemente um terno e a trazer um chapéu. De repente ele saca de uma arma, olha de frente e atira, sendo a imagem coberta por um efeito gráfico de uma cor vermelha. Esta vinheta persiste até os dias atuais. George Lazenby é o único que ao virar-se de frente, ajoelha-se e atira. James Bond perde o chapéu em 1973, com Roger Moore. Pierce Brosnan caminha mais apressado, fica totalmente ereto, sem arquear as pernas quando atira. O desenho gráfico da vinheta alterou-se significativamente com Daniel Craig. Além dos vilões exóticos e aliados eternos, um verdadeiro filme de James Bond traz a sua opositora, aquela que lhe fará tremer, causando-lhe grandes problemas quando estiver irremediavelmente atraído por ela. É a bond-girl, com quem o herói dividirá a aventura e o romance do filme. Ser uma bond-girl traz sempre prestígio para a atriz que a interpreta, o que suscita grande expectativa diante da escolha de uma intérprete, sendo tão importante quanto à escolha do próprio ator que viverá um novo James Bond. A bond-girl será o elo do agente secreto com a sensibilidade, tornando-o terno e apaixonado. As mais famosas bond-girls foram vividas pelas atrizes: Ursula Andress, Diana Rigg, Jane Seymour, Honor Blackman, Kim Basinger, Barbara Carrera, Mary Stavin, Maryam D’Abo, Halle Berry e Teri Hatcher. E não poderíamos falar de James Bond sem falar da trilha sonora. O “James Bond Theme” talvez seja a composição cinematográfica mais facilmente reconhecível no mundo ocidental. Este tema é presença obrigatória em qualquer coletânea de temas cinematográficos famosos. As trilhas sonoras dos filmes de James Bond constituem grandes momentos, principalmente com a canção tema, que gerou clipes míticos, muitos inesquecíveis. Para um quase sessentão, James Bond está em ótima forma e com muitas promessas para outros tantos anos. E para a comemoração: exposições, lançamento de um novo romance, ainda sem título definido e mais esperado, o lançamento da caixa "Bond 50", com a versão Blu-ray dos 22 longas da série, chegará às lojas oferecendo 130 horas de material documental inédito para a alegria dos bondmaníacos.
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