Uma terra de avós chamada Avô

Com o presidente da junta mais antigo do país e uma superavó de 104 anos, Avô é uma terra de avós, e netos.
Os avós são um pilar para muitas famílias, não só cuidam dos Netos, como são nalguns casos um importante suporte financeiro. Ora no dia dos Avós a Renascença foi a Avô, no concelho de Oliveira do Hospital, conhecer Felismina do Céu, que é apelidada de avó de Avô, por ser a habitante mais velha da terra, aos 104 anos. Apesar de ser vista como avó por toda a população, Felismina do Céu tem 17 netos próprios, e oito bisnetos e três trinetos. Uma das netas, Ofélia, diz que a sua avó teve uma “vida de muito trabalho”, tendo tido nove filhos, dos quais oito chegaram a adulto. A caminho dos 105 anos, a avó Felismina mantém bem vivas as memórias antigas: “O meu marido limpava as oliveiras às pessoas, e eu tratava da vida, ia à fazenda, levava um filho de braçada e outra na cesta”, e não tem dúvidas sobre qual é a terra mais bonita: “Não há coisa como a nossa terra, não há!” Mas a povoação de Avô tem ainda outras surpresas guardadas, entre elas um dos autarcas mais antigos do país, que faz jus ao nome da terra e também já é avô, e bisavô: “Felizmente as pessoas aqui vivem muitos anos, e ainda bem que assim é. São os bons ares aqui da serra. Temos tentado criar aqui condições para que os avós se sintam felizes para o resto das suas vidas”, explica Aristides Gonçalves é presidente da junta de Freguesia de Avô há 48 anos. A Igreja Católica dedica este dia a São Joaquim e Santa Ana, pais de Maria e avós de Jesus Cristo.