PONTE ROMANA EM SANDOMIL

Sandomil, em tempos sede de Concelho, tinha forçosamente que possuir um edifício da Câmara Municipal, hoje casa brasonada situada no meio da povoação, tendo sofrido obras de restauro e passando a funcionar como casa de habitação.
Nas traseiras da mesma residência e ligando as margens direita e esquerda do rio Alva, existe a imponente e robusta ponte Romana que fora legada a esta terra aquando das invasão dos Romanos e servia a mesma de ligação entre Sandomil e as povoações situadas a Nascente de forma a facilitar a passagem dos exércitos, bem como o acesso das populações limítrofes para aquisição de produtos alimentares.
Nas traseiras da mesma residência e ligando as margens direita e esquerda do rio Alva, existe a imponente e robusta ponte Romana que fora legada a esta terra aquando das invasão dos Romanos e servia a mesma de ligação entre Sandomil e as povoações situadas a Nascente de forma a facilitar a passagem dos exércitos, bem como o acesso das populações limítrofes para aquisição de produtos alimentares.
HISTORIAL DE SANDOMIL
A localidade de Sandomil deveria ter-se iniciado por uma simples aldeia pertencente à então Freguesia de Seia. Mas, se hoje Seia é Concelho, Sandomil já o foi igualmente.
Ora vejamos como isto aconteceu.
Decorriam os tempos conturbados em que viveu o nosso primeiro Rei, D, Afonso Henriques. Dois fidalgos da época, Pedro Pais “Carofa” e Aires Pires, revoltaram-se contra o Rei em 1131 e existem vestígios Romanos que indiciam Sandomil, como pertença de um deles. Foram por ele vencidos entretanto, e Sandomil foi doado a um rico-homem de Baião, D. João Viegas, por carta de 16.05.1131. O Senhorio de Sandomil passou, à morte deste fidalgo, para sua herdeira e filha D. Maria Anes e desta, para seu filho, o rico-homem D. Afonso Peres “Gato”, casado com D. Urraca Fernandes. Esta senhora que era bisneta de Egas Moniz, aio do nosso primeiro Rei, herdou do marido e Senhorio de Sandomil e deu carta de foral à localidade no século XII. Em 1258, Sandomil era pertença de D. Teresa Afonso “ Gata”. Quando Seia recebe foral de D. Afonso Henriques, as terras que constituíam Sandomil, foram englobadas nos direitos concedidos naquele documento. O documento que menciona Sandomil segundo o Reverendo Padre Dr, Quelhas Bigote, na sua “ Monografia de Seia “ data de 1148 e consiste numa doação feita por Salvador Arias e sua mulher ao Mosteiro de Santa Cruz, filial de Santa Cruz de Coimbra e registada no “ Livro Santo “ desse mesmo Convento. Há que fazer ainda referência a um Convento que parece ter existido nas proximidades de Cabeça de Eiras e Corgas, muito da devoção popular e do qual só resta uma memória vinda da tradição oral do povo da região. Esta foi confirmada provavelmente quando se realizaram obras na Capela de S. Cosme - Corgas em 1930. Assim, quando faziam os alicerces para paredes novas, encontraram “ corpos mais ou menos intactos “ e ainda num dos sarcófagos estava um corpo com vestes encarnadas “ In Melo António Herculano da Paixão – revista Interforma, n.º 89. Janeiro de 1991 “. Será que estes corpos pertenceriam aos habitantes do Convento, cuja existência é alimentada por uma lenda? Não se sabe ao certo. O que realmente está provado é que D. Manuel deu foral novo a Sandomil em 10.11.1514, transformando a localidade em Vila, sede de Concelho. Era tão importante que teve pelourinho na praça pública, atestando essa benesse do Rei ( demolido em 1876, segundo Pinho Leal ); além deste monumento o Concelho era dotado de um Juiz Ordinário, Juiz dos Órfãos, Alcaide, Tabelião e, até, uma companhia de Ordenanças. É através deste foral que é possível constactar que D. Urraca Fernandes foi a primeira donatária de Sandomil, já que o primeiro foral desapareceu.
in - http://www.jf-sandomil.com
Ora vejamos como isto aconteceu.
Decorriam os tempos conturbados em que viveu o nosso primeiro Rei, D, Afonso Henriques. Dois fidalgos da época, Pedro Pais “Carofa” e Aires Pires, revoltaram-se contra o Rei em 1131 e existem vestígios Romanos que indiciam Sandomil, como pertença de um deles. Foram por ele vencidos entretanto, e Sandomil foi doado a um rico-homem de Baião, D. João Viegas, por carta de 16.05.1131. O Senhorio de Sandomil passou, à morte deste fidalgo, para sua herdeira e filha D. Maria Anes e desta, para seu filho, o rico-homem D. Afonso Peres “Gato”, casado com D. Urraca Fernandes. Esta senhora que era bisneta de Egas Moniz, aio do nosso primeiro Rei, herdou do marido e Senhorio de Sandomil e deu carta de foral à localidade no século XII. Em 1258, Sandomil era pertença de D. Teresa Afonso “ Gata”. Quando Seia recebe foral de D. Afonso Henriques, as terras que constituíam Sandomil, foram englobadas nos direitos concedidos naquele documento. O documento que menciona Sandomil segundo o Reverendo Padre Dr, Quelhas Bigote, na sua “ Monografia de Seia “ data de 1148 e consiste numa doação feita por Salvador Arias e sua mulher ao Mosteiro de Santa Cruz, filial de Santa Cruz de Coimbra e registada no “ Livro Santo “ desse mesmo Convento. Há que fazer ainda referência a um Convento que parece ter existido nas proximidades de Cabeça de Eiras e Corgas, muito da devoção popular e do qual só resta uma memória vinda da tradição oral do povo da região. Esta foi confirmada provavelmente quando se realizaram obras na Capela de S. Cosme - Corgas em 1930. Assim, quando faziam os alicerces para paredes novas, encontraram “ corpos mais ou menos intactos “ e ainda num dos sarcófagos estava um corpo com vestes encarnadas “ In Melo António Herculano da Paixão – revista Interforma, n.º 89. Janeiro de 1991 “. Será que estes corpos pertenceriam aos habitantes do Convento, cuja existência é alimentada por uma lenda? Não se sabe ao certo. O que realmente está provado é que D. Manuel deu foral novo a Sandomil em 10.11.1514, transformando a localidade em Vila, sede de Concelho. Era tão importante que teve pelourinho na praça pública, atestando essa benesse do Rei ( demolido em 1876, segundo Pinho Leal ); além deste monumento o Concelho era dotado de um Juiz Ordinário, Juiz dos Órfãos, Alcaide, Tabelião e, até, uma companhia de Ordenanças. É através deste foral que é possível constactar que D. Urraca Fernandes foi a primeira donatária de Sandomil, já que o primeiro foral desapareceu.
in - http://www.jf-sandomil.com
1 comentário:
oxlaNota-se sobretudo a mão de um expert em fotografia... Parabéns!
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