10/01/2008

O blogue feito pelos seus leitores

Caros directores das várias delegações do Igespar.
Venho por este meio divulgar a seguinte situação:
No passado ano de 2007 foram perpetrados inúmeros “atentados” contra o património da cidade em causa (Covilhã). A Câmara Municipal da Covilhã e a SRU – Nova Covilhã, “patrocinaram” um número alarmante de demolições de construções no núcleo central da cidade, nomeadamente na zona intra-muralhas, na zona da antiga judiaria bem como outras zonas históricas da cidade, como é o caso da zona do Varandado. Com uma prepotência desenfreada, deitou abaixo inúmeros imóveis com alguns séculos de existência. Em grande parte desses edifícios haviam elementos cruciformes existentes nos pórticos de entrada. Sem a mínima contemplação, esse património foi saqueado e roubado à cidade da Covilhã. Nesses locais jazem agora vazios urbanos sem o mínimo interesse e afectando irremediavelmente a leitura da estrutura urbana dessas zonas. Nos últimos meses, tenho dado conhecimento à vossa instituição dos “atentados” que vêm sendo cometidos por parte dos responsáveis desta autarquia. Até agora, não vejo nenhum resultado em relação a estas denúncias. O que tenho visto, é uma prepotência cada vez maior, para deitar abaixo o máximo de edifícios em zonas que deveriam era de ser recuperadas. A Rua das Portas do Sol, uma das ruas mais antigas da Covilhã, foi alvo no último mês da demolição de vários edifícios. Já esta semana, um edifício assente sobre a muralha, foi demolido impiedosamente, sem haver o mínimo respeito inclusive por parte dessa muralha, em que um troço da mesma foi objecto de demolição sem que ninguém pudesse fazer nada contra esta situação. Não entendo, como é possível que uma autarquia que tem um GTL a funcionar e a “tratar” estas zonas da cidade, pode aceitar uma situação deste género. Não entendo, como é possível que uma autarquia que ainda há bem pouco tempo realizou o evento “Le Recontre da Covilhã”, em que o seu presidente afirmava que “para se ser capital [da cultura] não se tem de ter 300 mil habitantes. É exigido que haja uma história para contar, um percurso de respeito pelo património e de salvaguarda pela memória da cidade: isto tudo a Covilhã tem” continue a cometer estes crimes contra o património sem que nada lhe aconteça. Não entendo, como é que existindo uma delegação do IPPAR (Igespar) em Castelo Branco , não se consegue por cobro a esta pouca vergonha que está a acontecer na cidade da Covilhã.
Não entendo…
Ou quiçá talvez entenda… estamos em Portugal!
Talvez me engane, mas este e-mail não irá servir de grande coisa, mas pelo menos desabafo e demonstro um pouco de cidadania em relação a esta realidade. Espero que os senhores, que estão no organismo que estão, possam fazer algo mais em relação a esta situação, uma vez que a continuar esta onda de demolições, qualquer dia deixaremos de ter património na Covilhã!

Deixo-vos alguns links que acho interessantes e reveladores do que se passa na Covilhã:
www.covilha-abandonada.blogspot.com
www.youtube.com/watch?v=5uGHmEU5x70&eurl
bp0.blogger.com/_Ldm7PDxOO54/RycUR0P8kGI/AAAAAAAAAC8/6oEULbJYQYg/s1600-h/pan+01+net.jpg
www.mafiadacova.blogspot.com/2007/11/caso-para-dizer-mai-um.html
www.mafiadacova.blogspot.com/2007/10/tenha-vergonha-na-cara.html
Sem mais assunto de momento,
Aguardo algum resultado,
Cumprimentos
Cova Juliana

ps: irei enviar este mesmo e-mail para alguns blogs da região, bem como órgãos de comunicação social… talvez alguém se identifique com as mesmas preocupações que eu venho revelando.
enviado por: cova_juliana@yahoo.com

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