Lauro António nasceu em Lisboa no dia 18 de Agosto de 1942. Para muitos é o maior cineasta português. Licenciado em História, foi membro do Cine-clube Universitário de Lisboa e, mais tarde, director do ABC Cine-Clube, actividades que o levam à crítica cinematográfica a partir de 1963 e, mais tarde, à coordenação da programação de algumas salas e festivais de cinema. Como sucede(u) com outros cineastas da sua geração, particularmente activos após a Revolução de 25 de Abril de 1974, uma forte componente do seu trabalho destinou-se à televisão. Lauro António tem prosseguido a sua actividade como ensaísta e documentarista, tendo-se, porém, nos últimos anos mantido afastado do cinema. Manhã Submersa estreada no Festival de Cannes de 1980 permanece como a obra maior do realizador. Nos inícios da década de 90 esteve associado com a TVI para a qual foi programador de cinema e na qual teve um horário especial em que apresentava filmes da sua escolha, chamado Lauro António apresenta que mais recentemente veio dar o nome ao seu blogue que pode ser lido em: http://lauroantonioapresenta.blogspot.com/ . Da sua filmografia destacam-se, José Viana, 50 anos de carreira (1998), Conto de Natal - telefilme (1988), O Vestido Cor de Fogo (1986), A Bela e a Rosa (1984), Casino Oceano - telefilme (1983), Mãe Genovena (1983), Paisagem Sem Barcos (1983), Manhã Submersa (1980), O Zé-Povinho na Revolução (1978), Bonecos de Estremoz (1978), Vamos ao Nimas (1975), Prefácio a Vergílio Ferreira (1975). Já no decorrer deste ano 2008 Lauro António realizou e produziu o documentário exibido na RTP 1 no dia 10 de Maio, intituldado “HUMBERTO DELGADO: OBVIAMENTE, DEMITO-O!”. Numa entrevista que encontrei na net retirei esta frase que me parece bastante peculiar: “o meu pai era pintor, interessava-se muito por cinema, por outros tipos de arte plástica e tudo o que tinha a ver com a imagem. É possível que eu, desde pequeno, esteja habituado à imagem, à visão, ao enquadramento. Mas, por outro lado, há uma apetência minha para ir aos espectáculos, ao teatro, ao cinema, que gosto muito de frequentar. Em contrapartida, tenho uma irmã que se ligou mais à pintura e que não está tão ligada ao cinema, gosta de cinema, mas como espectadora. Portanto, agora que tanto se fala no genoma, acho que há qualquer coisa nos genes que levam as pessoas a irem para um lado ou a irem para outro.” Para mim foi uma honra este génio do cinema Português ter-me concedido uma entrevista em 2006 a qual aproveitou para “depositar” no seu blogue de entrevistas e que pode ser lida através deste link: http://laentrevistas.blogspot.com/2006_12_01_archive.html. Pela pessoa simpática que é, pela sua inteligência e pelo seu ENORME contributo ao País nesta matéria do cinema faço-lhe aqui a devida homenagem neste seu dia de anos desejando votos que se repitam por muitos e bons anos. PARABÉNS LAURO ANTÓNIO…
Sem comentários:
Enviar um comentário