"Ano de eleições ano de esperança?"
É verdade que vai ser um ano de muitas eleições. Mas de esperança, não vejo como. As promessas são sempre as mesmas. O que muda são os políticos. Alem de não cumprirem com o prometido, voltam a prometer o que já prometeram há quatro anos. Poucas, promessas são cumpridas mas, só no ano das eleições. Inauguram-se obras duas vezes para que os eleitores se lembrem quem mandou fazer. E não saímos disto. A memória dos eleitores também ajuda. É curta. Só lembram o bem que fizeram com o nosso dinheiro, não lembram as promessas não cumpridas. Depois ainda agradecemos, aos políticos, as obras efectuadas, com o nosso dinheiro para bem da população. Eles apenas estão a cumprir o mandato para o qual se candidataram. Ninguém vai obrigado, acho eu. A rua da minha aldeia, onde moro, encontrava-se em muito mau estado. Foi prometido, há cerca de 8 anos, que no ano seguinte, estávamos a três meses do fim de ano, seria uma das prioridades. Foi alcatroada quatro anos depois, precisamente antes das, ultimas, eleições. É só um exemplo.
Para 2009, isto não está fácil.
Ano de eleições ajuda sempre nos negócios. Muitas obras, muitas campanhas, muitos brindes para oferecer. E este ano vai haver três actos eleitorais. Pensei eu, na minha ignorância e pelo que ia lendo, que a crise no ano de 2009 começaria a dar mostras de melhoras. Mas não é verdade, o desemprego continua a aumentar, a passos de gigante. E a crise veio para ficar. É verdade que estamos só no princípio do ano. Mas tantas empresas a fechar, não é bom sinal. No ano de 2009, gostaria de ver a economia a recuperar e o emprego a aumentar. No caso particular de Portugal, não podemos esquecer três coisas:
1º Andamos sempre a fazer sacrifícios para combater a crise. Já devíamos estar habituados. Ex.: O último aumento do IVA era temporário. Mas como em Portugal o temporário se torna definitivo. Está bem, já baixou. Mas não foi para o valor anterior.
2º Os subsídios da UE estão a “acabar”. Como é que o País vai viver depois? Este dinheiro que veio foi dado? Não temos que prestar contas? Se sim, quem paga? Como explicar à UE que mesmo depois de tantos subsídios, ainda continuamos a precisar de muito mais? Com tantos anos de subsídios, não há “desintoxicação” que possa recuperar o País da dependência dos mesmos. Vamos continuar em crise.
3º Perdemos um dos nossos pontos fortes na competitividade com outros países. Os baixos salários. Apesar de termos qualidade. Países como a China e a Índia, já têm qualidade com uma média de salários muito inferior.
Mesmo a China já está com milhares de desempregados. O governo, local, já aconselha os desempregados a procurarem, novamente, o cultivo da terra. Acredito que vai ser uma recuperação muito lenta. Penso mesmo que, muitos dos terrenos abandonados, vão voltar a ser cultivados. Fruto do desemprego e da falta de poder de compra.
Espero no final do ano já podermos começar a falar do final da crise.
É verdade que vai ser um ano de muitas eleições. Mas de esperança, não vejo como. As promessas são sempre as mesmas. O que muda são os políticos. Alem de não cumprirem com o prometido, voltam a prometer o que já prometeram há quatro anos. Poucas, promessas são cumpridas mas, só no ano das eleições. Inauguram-se obras duas vezes para que os eleitores se lembrem quem mandou fazer. E não saímos disto. A memória dos eleitores também ajuda. É curta. Só lembram o bem que fizeram com o nosso dinheiro, não lembram as promessas não cumpridas. Depois ainda agradecemos, aos políticos, as obras efectuadas, com o nosso dinheiro para bem da população. Eles apenas estão a cumprir o mandato para o qual se candidataram. Ninguém vai obrigado, acho eu. A rua da minha aldeia, onde moro, encontrava-se em muito mau estado. Foi prometido, há cerca de 8 anos, que no ano seguinte, estávamos a três meses do fim de ano, seria uma das prioridades. Foi alcatroada quatro anos depois, precisamente antes das, ultimas, eleições. É só um exemplo.
Para 2009, isto não está fácil.
Ano de eleições ajuda sempre nos negócios. Muitas obras, muitas campanhas, muitos brindes para oferecer. E este ano vai haver três actos eleitorais. Pensei eu, na minha ignorância e pelo que ia lendo, que a crise no ano de 2009 começaria a dar mostras de melhoras. Mas não é verdade, o desemprego continua a aumentar, a passos de gigante. E a crise veio para ficar. É verdade que estamos só no princípio do ano. Mas tantas empresas a fechar, não é bom sinal. No ano de 2009, gostaria de ver a economia a recuperar e o emprego a aumentar. No caso particular de Portugal, não podemos esquecer três coisas:
1º Andamos sempre a fazer sacrifícios para combater a crise. Já devíamos estar habituados. Ex.: O último aumento do IVA era temporário. Mas como em Portugal o temporário se torna definitivo. Está bem, já baixou. Mas não foi para o valor anterior.
2º Os subsídios da UE estão a “acabar”. Como é que o País vai viver depois? Este dinheiro que veio foi dado? Não temos que prestar contas? Se sim, quem paga? Como explicar à UE que mesmo depois de tantos subsídios, ainda continuamos a precisar de muito mais? Com tantos anos de subsídios, não há “desintoxicação” que possa recuperar o País da dependência dos mesmos. Vamos continuar em crise.
3º Perdemos um dos nossos pontos fortes na competitividade com outros países. Os baixos salários. Apesar de termos qualidade. Países como a China e a Índia, já têm qualidade com uma média de salários muito inferior.
Mesmo a China já está com milhares de desempregados. O governo, local, já aconselha os desempregados a procurarem, novamente, o cultivo da terra. Acredito que vai ser uma recuperação muito lenta. Penso mesmo que, muitos dos terrenos abandonados, vão voltar a ser cultivados. Fruto do desemprego e da falta de poder de compra.
Espero no final do ano já podermos começar a falar do final da crise.
Nuno Pinheiro - Vila Chã
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