O que é a Cimeira de Copenhaga?
Entre 7 e 18 de Dezembro, os ministros do Ambiente vão reunir-se em Copenhaga para a conferência do clima das Nações Unidos. O objectivo é “encontrar” um substituto para o Protocolo de Quioto. A cimeira vai ter lugar no maior centro de conferência da Dinamarca, o Bella Center e vai durar duas semanas. Esta é a última de uma série de reuniões, que tiveram a sua origem na Cimeira do Rio em 1992.
Principais protagonistas da Cimeira?
Os países em desenvolvimento, como a China e a Índia, defendem que países ricos como os Estados Unidos e o Reino Unido devem dar um "claro exemplo" na redução de emissões de gases como efeito de estufa. Os Estados Unidos não ratificaram o Protocolo de Quioto. O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, argumentou que a redução exigida por Quioto (menos 5% de emissões) iria "arruinar a economia dos Estados Unidos", além de não exigir reduções aos países emergentes. As possibilidades de alcançar um acordo aumentaram com a chegada de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos. No entanto, o presidente enfrenta um problema interno, já que o Congresso ainda não aprovou legislação para reduzir as emissões de CO2. Caso isso não aconteça até Dezembro, pode colocar em causa um acordo em Copenhaga.
Quais os objectivos da Cimeira de Copenhaga?
A cimeira vai tentar alcançar um novo acordo que substitua o Protocolo de Quioto, que termina em 2012. Segundo Yvo de Boer, secretário executivo da United Nations Framework Convention on Climate Change (UNFCCC), as questões mais importantes para alcançar um acordo são:
Qual o montante de emissões que os países industrializados estão dispostos a cortar?
O que estão dispostos a fazer os principais países em desenvolvimento, como a China e a Índia, para limitar o aumento das suas emissões?
Que ajuda precisam os países em desenvolvimento para reduzir as emissões e adaptarem-se aos impactos das alterações climáticas?
Como é que o dinheiro vai ser gerido?
Qual o montante de emissões que os países industrializados estão dispostos a cortar?
O que estão dispostos a fazer os principais países em desenvolvimento, como a China e a Índia, para limitar o aumento das suas emissões?
Que ajuda precisam os países em desenvolvimento para reduzir as emissões e adaptarem-se aos impactos das alterações climáticas?
Como é que o dinheiro vai ser gerido?
Quais são os "pontos quentes" da Cimeira?
O "ponto mais quente" da cimeira é a chamada "partilha de encargos". Ou seja, que países devem reduzir emissões e em que montante? Por exemplo, a China já superou os Estados Unidos como maior poluidor do mundo. No entanto, historicamente, os Estados Unidos são maiores emissores do que a China e as emissões per capita chinesas são cerca de um quarto das dos Estados Unidos. O Governo chinês argumenta que tem o direito moral ao desenvolvimento e ao crescimento da economia – e que, inevitavelmente, as emissões vão aumentar. Há ainda outra questão: os países desenvolvidos transferem as emissões de gases com efeito de estufa para as nações em desenvolvimento, ao instalarem nestes países indústrias que provocam emissões de CO2. Assim, a China defende que devem ser os consumidores a assumir a responsabilidade das emissões geradas para produzir certos bens e não os países onde são produzidos.
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