16/03/2010

Maria José Figueiredo. A Poeta Serrana

Tive a honra da Maria José ter feito dois poemas exclusivos para o filme "Os Últimos Moínhos". Um sobre os moleiros e outro sobre o pão. Na ante-estreia do filme há já quase 1 ano, Maria José declamou os poemas para uma sala cheia de convidados que no final agraciaram a Poeta com fortes aplausos. Desta vez Maria José, a Poeta Serrana,vai estar no próximo dia 20 de Março no Aqua Bar, pelas 21h30 naquela que promete ser...A NOITE DAS CORES.

1 comentário:

LS disse...

Há quase duzentos anos coexistem dicionarizados os vocábulos “poeta” e “poetisa”, ambos substantivos, termos indicativos de faculdades poéticas aplicados a alguém, segundo o sexo real ou como tal considerado, próprios para identificar que exercita a arte poética.

O uso dos dois epítetos nunca arranhou a igualdade reinante no seio do poetismo jamais limitou espaço a “quantos bebem a água do Parnaso”; entretanto, insinuam o enquadramento do substantivo poeta na classificação morfológica do grupo “comum de dois”, submetendo-o ao vexame de ver-se antecedido por forma articular feminina na determinação daquela que verseja, denominado-a de “a poeta”.

Embasa o insinuado enquadramento a argüição de haver machismo no emprego do nome “poetisa”, levando-nos a supor encontra-se a tal ranço machista inserido no elemento de composição “isa”, formador do feminino que se quer alijar.

Melhor seria que os defensores do emprego unissex da palavra “poeta” levassem-na para a classe dos substantivos epicenos; assim afastariam a comprometedora presença do artigo “a”, passiva de ser considerada presença machista. Bastaria pospor, genericamente flexionado, o adjetivo antônimo de macho e teriam: “poeta fêmeo”; desaconselhável o emprego da forma correspondente “fêmea do poeta”, por expor a versejadora ao alcance maldoso da ambigüidade.

Na expressão “mulher poeta” é adjetiva a função do substantivo “poeta”. No poema “Motivo”, da imortal autora do “Romanceiro da Inconfidência”, por força do talento da poetisa o nome “poeta” adentra o gênero gramatical dos sobrecomuns:

ASSINA: O GRUNHO