A qualificação do chamado 3º Sector pode, e deve, constituir-se como um instrumento de apoio na passagem de uma lógica de assistência para uma lógica de prevenção e de promoção do desenvolvimento social. As Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS´s) não resumem as suas práticas e serviços ao apoio alimentar a idosos ou crianças. Este é dos muitos serviços que realizam mas não o único e talvez não o mais importante. Na sua acção prática, está em causa também a própria complexidade dos fenómenos de pobreza e de exclusão social e a dificuldade em dar respostas eficazes a esses problemas. Neste contexto de grande complexidade dos fenómenos sociais é essencial que, ao abordar as questões da Qualidade, tenhamos sempre presente a importância das representações sociais sobre estes fenómenos por parte dos actores envolvidos na intervenção social e a importância da participação dos utilizadores. Uma participação que não deve estar restrita á lógica de “satisfação dos clientes”, mas que deve incluir igualmente a dimensão do envolvimento deles próprios. Neste mesmo sentido importa sublinhar a necessidade dos processos de qualificação e certificação das IPSS´s.
E o que é isto?
Na realidade, aproximadamente cerca de 70% das respostas sociais resultam de acordos entre o Estado e as diferentes Instituições deste Sector (mais de 13.000 respostas sociais), e, a médio prazo, com o envelhecimento das populações (por exemplo) a sustentação do sistema de protecção social em Portugal necessitará de um ainda mais forte 3º sector. Sendo verdade que este é um sector com enormes virtudes, é igualmente verdade que persistem grandes dificuldades que não podem ser ignoradas. Uma resposta mais eficaz e mais eficiente aos problemas da pobreza e exclusão social passa, necessariamente, pela aposta na capacitação dos seus agentes e das suas respostas sociais, assim como pelo desenvolvimento de uma maior capacidade de auto-sustentabilidade e de planeamento estratégico. Neste contexto, sendo essencial o desenvolvimento de processos de qualificação destas organizações e das suas valências, é igualmente necessária uma reflexão sobre o caminho a adoptar pelas IPSS´s para obterem níveis de Excelência nas respostas sociais que desenvolvem. Um primeiro aspecto a sublinhar é a importância dos modelos e as normas de Qualidade aplicados serem efectivamente adaptados às características e às especificidades do sector, permitindo assim reforçar as suas virtudes e evitando o risco de uma descaracterização destas organizações e da sua cultura específica. A solidariedade, a flexibilidade, a proximidade e alguma informalidade são características deste sector que não devem ser postas em causa pela introdução de modelos baseados noutras formas de estar e realidades. Pelo contrário, a utilização de modelos adaptados ao 3.º Sector que permitam a consciencialização da identidade própria destas organizações pode assumir uma importância estratégica na afirmação da especificidade deste sector. Neste mesmo sentido importa sublinhar a necessidade destes processos de qualificação serem liderados e apoiados por profissionais com competências não só na área da gestão e da qualidade, mas também com um profundo conhecimento e experiência sobre estas organizações, as suas fragilidades e potencialidades, os seus actores, as suas respostas e os fenómenos a que pretendem responder. Agentes que, tendo por base o conhecimento deste sector, o respeito pela identidade destas organizações e a valorização de toda a experiência e capital já existente sejam capazes de fomentar mudanças (que muitas vezes passam por mudanças de mentalidade) tendo em vista a qualificação destas organizações e promoção de respostas mais eficazes, particularmente no que ao combate à pobreza e exclusão diz respeito. Se é essencial a definição de uma Política de Qualidade para o 3º Sector, é igualmente necessária a sua participação activa na definição dos objectivos, estratégias, modelos e instrumentos de Qualidade. A qualificação deste Sector deve ser compreendida como um investimento. Este é um investimento das organizações, tendo em vista o seu desenvolvimento organizacional e a promoção de respostas sociais mais capazes, mas é também um investimento do Estado Português. Com um 3º sector frágil qualquer política de inclusão e coesão social terá sempre uma fraca viabilidade. A este nível, é assim de toda a relevância e importância estratégica o Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN - 2007-2013) pois constitui uma relevante oportunidade de proporcionar as necessárias condições para o reforço deste inevitável processo de qualificação sustentável que as IPSS´s necessitam até para salvaguardar o seu futuro próximo. Por tudo isto, a certificação passa sem dúvida por uma opção estratégica de desenvolvimento das organizações, no sentido de quererem evoluir, melhorar e ganhar mercados. Nesse sentido algumas empresas já certificadas apontam diversas vantagens, quer a nível interno quer a nível externo, podendo referir-se:
- Melhoria do prestígio e da imagem;
E o que é isto?
Na realidade, aproximadamente cerca de 70% das respostas sociais resultam de acordos entre o Estado e as diferentes Instituições deste Sector (mais de 13.000 respostas sociais), e, a médio prazo, com o envelhecimento das populações (por exemplo) a sustentação do sistema de protecção social em Portugal necessitará de um ainda mais forte 3º sector. Sendo verdade que este é um sector com enormes virtudes, é igualmente verdade que persistem grandes dificuldades que não podem ser ignoradas. Uma resposta mais eficaz e mais eficiente aos problemas da pobreza e exclusão social passa, necessariamente, pela aposta na capacitação dos seus agentes e das suas respostas sociais, assim como pelo desenvolvimento de uma maior capacidade de auto-sustentabilidade e de planeamento estratégico. Neste contexto, sendo essencial o desenvolvimento de processos de qualificação destas organizações e das suas valências, é igualmente necessária uma reflexão sobre o caminho a adoptar pelas IPSS´s para obterem níveis de Excelência nas respostas sociais que desenvolvem. Um primeiro aspecto a sublinhar é a importância dos modelos e as normas de Qualidade aplicados serem efectivamente adaptados às características e às especificidades do sector, permitindo assim reforçar as suas virtudes e evitando o risco de uma descaracterização destas organizações e da sua cultura específica. A solidariedade, a flexibilidade, a proximidade e alguma informalidade são características deste sector que não devem ser postas em causa pela introdução de modelos baseados noutras formas de estar e realidades. Pelo contrário, a utilização de modelos adaptados ao 3.º Sector que permitam a consciencialização da identidade própria destas organizações pode assumir uma importância estratégica na afirmação da especificidade deste sector. Neste mesmo sentido importa sublinhar a necessidade destes processos de qualificação serem liderados e apoiados por profissionais com competências não só na área da gestão e da qualidade, mas também com um profundo conhecimento e experiência sobre estas organizações, as suas fragilidades e potencialidades, os seus actores, as suas respostas e os fenómenos a que pretendem responder. Agentes que, tendo por base o conhecimento deste sector, o respeito pela identidade destas organizações e a valorização de toda a experiência e capital já existente sejam capazes de fomentar mudanças (que muitas vezes passam por mudanças de mentalidade) tendo em vista a qualificação destas organizações e promoção de respostas mais eficazes, particularmente no que ao combate à pobreza e exclusão diz respeito. Se é essencial a definição de uma Política de Qualidade para o 3º Sector, é igualmente necessária a sua participação activa na definição dos objectivos, estratégias, modelos e instrumentos de Qualidade. A qualificação deste Sector deve ser compreendida como um investimento. Este é um investimento das organizações, tendo em vista o seu desenvolvimento organizacional e a promoção de respostas sociais mais capazes, mas é também um investimento do Estado Português. Com um 3º sector frágil qualquer política de inclusão e coesão social terá sempre uma fraca viabilidade. A este nível, é assim de toda a relevância e importância estratégica o Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN - 2007-2013) pois constitui uma relevante oportunidade de proporcionar as necessárias condições para o reforço deste inevitável processo de qualificação sustentável que as IPSS´s necessitam até para salvaguardar o seu futuro próximo. Por tudo isto, a certificação passa sem dúvida por uma opção estratégica de desenvolvimento das organizações, no sentido de quererem evoluir, melhorar e ganhar mercados. Nesse sentido algumas empresas já certificadas apontam diversas vantagens, quer a nível interno quer a nível externo, podendo referir-se:
- Melhoria do prestígio e da imagem;
- Aumento da competitividade e entrada em novos mercados;
- Aumento da confiança dos trabalhadores, clientes e administração;
- Cultura da melhoria contínua;
- Redução de custos;
- Prevenção e minimização de aspectos, perigos e acidentes.
Aqui no nosso Distrito da Guarda deram-me excelentes referencias de uma empresa que procede à implementação de sistemas de qualificação e certificação das IPSS´s. Caso o leitor após a leitura deste artigo esteja interessado em que a sua Instituição seja certificada e assim cumpra com os requisitos necessários e legais de actuação, pode obter o contacto dessa mesma empresa enviando-me um e´mail para: luís.silva.75@gmail.com, pois terei todo o gosto em lho enviar.
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