06/07/2007

Onde é que fica o tempo para a familia?

A nova proposta do Ministério do Trabalho e Segurança Social relativamente às novas regras que quer implementar no código do trabalho, essencialmente visam 3 factores. 1.º - alargar o horário semanal das 40h para as 48h; 2.º - reduzir o período de férias dos 25 dias uteis para os 23; 3.º - permitir facilitismos nos despedimentos por parte das entidades empregadoras. Numa sociedade em que se defende cada vez mais o valor da família, inclusivé com propostas de lei que apontam nesse sentido, com estas 3 medidas agora anunciadas resta perguntar "onde é que fica o tempo para a família?". Se até aqui, os pais se queixam que não passam tempo nenhum com os filhos, como vai ser a partir do momento em que esta proposta entrar em vigor?

4 comentários:

O Micróbio II disse...

E o que tem mais piada no meio de tudo isto é que os mais revoltosos com estas medidas são aqueles que neste momento trabalham muito menos que 40h semanais, têm quase 3 meses de férias e não estão preocupados com despedimentos porque fazem parte dos quadros da função pública... não deixa de ser curioso!

LS disse...

tens muita razão no que escreves. Então a classe dos professores, com muito respeito pela profissão, é aquela que mais tempo tem de férias e não trabalha certamente as horas que eu trabalho por semana (50 horas), no entanto têm ADSE, têm pontes, têm quase 3 meses de férias, etc, etc, etc...e ainda se queixam.

morffina disse...

Ia fazer um comentário a elogiar os dois últimos posts por concordar com o aspecto da família. Lamento o comentário dos meus amigos cibernautas em relação à função pública em geral e aos professores em particular.
Infelizmente já nem a função pública consegue aguentar as cidades do interior com o seu poder de compra que começa a desvanecer, arrastando consigo uma boa parte do comércio, construção civil, etc.
Faço este meu comentário menos intempestivamente, em relação ao anterior, que provavelmente optará por não publicar.
Espero que aceite as minhas desculpas pelas palavras mais agressivas, mas o que diz sobre esta nobre profissão é demasiadamente ofensivo e é falso.

LS disse...

caro morffina, como escreve e bem, optei por não publicar um comentário seu,não pelas palavras menos intempestivas, mas sim porque o comentário que aqui faço á classe dos professores, não tem por objectivo ofender ninguém, mas sim constatar uma realidade que existe. Responda-me muito sinceramente, isto se quiser dar-se a esse trabalho, se: 1.º - é ou não é aprofissão que mais tempo de férias tem?; 2.º - trabalham 50 horas por semana?; 3.º - são ou não são beneficiários da ADSE?. Estes aspectos, penso eu não os estar a inventar, portanto o comentário é uma constatação em si mesma.