22/01/2010

Seia - Afonso Costa não vai ser esquecido nas comemorações do Centenário da República

O senense Afonso Costa, que sempre lutou na defesa dos ideais republicanos, não vai ser esquecido nas comemorações do Centenário da Republica que vão ser levadas a cabo pela autarquia. A Câmara Municipal está a constituir uma Comissão de Honra e uma Comissão Executiva para elaborar Programa Municipal de Celebrações do Centenário da República e sabe-se para já que um dos seus objectivos é que a Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República Portuguesa inclua Seia no seu itinerário, a fim de relembrar o papel que Afonso Costa teve na consolidação do regime. A autarquia tem já em mente criar a Fundação Afonso Costa e a Casa-Museu Afonso Costa que será localizada em património próprio do município. Para enriquecer a Casa-Museu com espólio do político, o presidente da Câmara de Seia – Filipe Camelo - tem levado a cabo negociações para que os bens pertencentes a Afonso Costa passem a ser propriedade do Município. Relativamente ao Programa Municipal de Celebrações do Centenário da República, que vão decorrer até Agosto de 2011, estão já agendadas algumas iniciativas como os Campeonatos Nacionais XCO - Jogos do Centenário e uma prova de BTT da Federação Portuguesa de Ciclismo que vai decorrer nos dias 17 e 18 de Julho.
Afonso Costa
Afonso Costa nasceu em Santa Marinha, concelho de Seia a 6 de Março de 1871. Em 1895, passou a leccionar na Faculdade de Direito de Coimbra, acumulando o cargo com o exercício da advocacia. Nessa época destacava-se já como orador na defesa dos ideais republicanos. Em 1900 foi eleito deputado do Partido Republicano Português, pelo círculo do Porto. Voltou ao Parlamento em 1906, desta vez como deputado por Lisboa, onde se distinguiu no combate às instituições monárquicas. Em 1908 envolveu-se na tentativa de revolução, tendo sido preso. Depois do regicídio voltou ao Parlamento onde os seus discursos ficaram célebres. Com a implantação da República a 5 de Outubro de 1910, Afonso Costa foi chamado a integrar o Governo Provisório da República, na pasta da Justiça e Cultos, lugar que ocupou até à dissolução daquele Governo (por ter sido aprovada a nova Constituição) a 4 de Setembro de 1911. Enquanto Ministro da Justiça foi responsável por um importante conjunto de leis como a da Separação da Igreja do Estado, as Leis da Família e as do Registo Civil. Afonso Costa faleceu a 11 de Maio de 1937 em Paris, estando sepultado no cemitério de Seia no jazigo da família.

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