Um dos maiores problemas das Assembleias Municipais é que cerca de 50% dos deputados não conhece o concelho, indo para as Assembleias sustentados naquilo que dizem os jornais, elaborando grandes teses oratórias com grande deslumbro para "pacóvio" ouvir mas que bem "espremidinho" nem gota de sumo sai. Tenho a ligeira sensação que os partidos com assento na Assembleia não distribuem papeis aos seus deputados eleitos, o que me leva a crer que há homens e mulheres que sabem falar de tudo. Cada partido devia nomear grupos de 2 pessoas e uns dias antes das Assembleias cada grupo estudava o seu dossier, por exemplo um grupo ficava com o tema dos transportes e vias de comunicação, outro grupo ficaria com a responsabilidade da cultura, desporto, etc,etc...pois quando se focasse determinado tema, todos na bancada sabiam de antemão a quem competia comentar e apresentar propostas em cada assunto. Era uma questão de organização e provavelmente aumentaria a qualidade dos debates na Assembleia, ganhando com isso os munícipes e o concelho. Para mim há três situações que definem se um deputado é bom, medíocre ou mau. Primeiro – se falar de tudo é porque não sabe metade do que está a dizer. Segundo – se está calado, está a cumprir calendário e esse não interessa. Terceiro – Tem de conhecer o concelho, terra por terra, anexa por anexa, caso contrário não deve emitir opiniões sobre aquilo que não conhece e o que me parece é que há muitos deputados que nem sequer sabem o nome da terra que fica entre Sandomil e Corgas ou mesmo entre Baloquinhas e Frádigas. Vai uma aposta?
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