"O fecho de maternidades e de escolas é o sinal mais evidente da falta de natalidade, um facto que coloca em causa o futuro de Portugal como País, onde o número de nascimentos há muito deixou de contrabalançar com o de falecimentos. Aqui, cabem culpas a todos os Governos que temos tido após a Revolução. Não se fomentou a educação, a economia e o apoio social, de modo a permitir o estímulo de um acréscimo de natalidade que garantisse a reposição dos óbitos, dando a Portugal condições de futuro alicerçadas nas camadas jovens que são sempre a esperança dos povos, não apenas na revitalização das sociedades, como dando a estas, condições dignas de vida. Portugal entrou nesta onda e vai continuar. A economia, é verdade, não ajuda, mas os homens também não. O mesmo é dizer que a cada dia que passa somos um País com menos natalidade, donde resulta que estejamos cada vez mais pobres e o interior da Nação, cada vez mais despovoado."
(Teodoro A. Mendes)
Assisti há poucos dias na televisão, mais propriamente no dia da mãe a algumas manifestações contra o encerramento de algumas maternidades no País. Por exemplo, na Figueira da Foz onde se juntaram cerca de 1000 manifestantes, ouviam-se algumas declarações as quais muito me admiraram, nomeadamente quando uma cidadã, entrevistada, dizia que os filhos têm direito a nascer na sua terra. Ora bem, chama-se a isto direito imposto pela mãe, porque, o filho antes de nascer e até atingir uma idade de consciência critica, não tem direito a nada e tem direito a tudo o que os pais lhe impõem. Mas, mais absurdo foi quando a senhora disse "já viu os nossos filhos terem de ir nascer a Coimbra…", "vamos ter de andar cerca de 40 km…". Minha cara, em Seia onde não existe nenhuma maternidade as crianças vão nascer à Guarda e maioritariamente a Coimbra e a deslocalização é de aproximadamente 90 km e olhe que é muito rara a noticia que houve um nascimento a meio do caminho. O problema destes manifestantes em nome é claro, do direito das crianças, tem a ver mais com a deslocalização que propriamente com um melhor acompanhamento nos cuidados de saúde prestados durante um parto. Recentemente, em conversa com alguns médicos, os mesmos foram peremptórios em me afirmar que existem maternidades a funcionar sem o mínimo de condições e equipamentos necessários para o desempenho de um bom parto, havendo até quem afirmasse que existem locais onde os médicos não dizem que vão fazer um parto, mas sim, "vamos fazer um parto arriscado" devido à falta de equipamentos e condições. Esta questão do encerramento de maternidades já devia ter acontecido há mais anos, porque é preferível ter 6 ou 7 maternidades devidamente equipadas, que ter 20 sem as mínimas condições. É como as escolas. Se não há alunos, devemos mantê-las abertas? Cada vez nascem menos bebés em Portugal, para quê tanta maternidade? É uma questão de bom senso. No interior do País mandava fechar já as maternidades da Covilhã e da Figueira da Foz, mantendo as da Guarda, Castelo Branco, Viseu e Coimbra, por considerar que nos dois primeiros casos, a Covilhã não está assim tão longe de Castelo Branco, bem como, Figueira da Foz está bastante perto de Coimbra. Agora, resta saber se o Governo através do Ministério da Saúde vai ter coragem de avançar com o encerramento de algumas maternidades em todo o País e não se deixe ficar apenas pelas intenções, como já vem sendo hábito há uns tempos a esta parte.
(Teodoro A. Mendes)
Assisti há poucos dias na televisão, mais propriamente no dia da mãe a algumas manifestações contra o encerramento de algumas maternidades no País. Por exemplo, na Figueira da Foz onde se juntaram cerca de 1000 manifestantes, ouviam-se algumas declarações as quais muito me admiraram, nomeadamente quando uma cidadã, entrevistada, dizia que os filhos têm direito a nascer na sua terra. Ora bem, chama-se a isto direito imposto pela mãe, porque, o filho antes de nascer e até atingir uma idade de consciência critica, não tem direito a nada e tem direito a tudo o que os pais lhe impõem. Mas, mais absurdo foi quando a senhora disse "já viu os nossos filhos terem de ir nascer a Coimbra…", "vamos ter de andar cerca de 40 km…". Minha cara, em Seia onde não existe nenhuma maternidade as crianças vão nascer à Guarda e maioritariamente a Coimbra e a deslocalização é de aproximadamente 90 km e olhe que é muito rara a noticia que houve um nascimento a meio do caminho. O problema destes manifestantes em nome é claro, do direito das crianças, tem a ver mais com a deslocalização que propriamente com um melhor acompanhamento nos cuidados de saúde prestados durante um parto. Recentemente, em conversa com alguns médicos, os mesmos foram peremptórios em me afirmar que existem maternidades a funcionar sem o mínimo de condições e equipamentos necessários para o desempenho de um bom parto, havendo até quem afirmasse que existem locais onde os médicos não dizem que vão fazer um parto, mas sim, "vamos fazer um parto arriscado" devido à falta de equipamentos e condições. Esta questão do encerramento de maternidades já devia ter acontecido há mais anos, porque é preferível ter 6 ou 7 maternidades devidamente equipadas, que ter 20 sem as mínimas condições. É como as escolas. Se não há alunos, devemos mantê-las abertas? Cada vez nascem menos bebés em Portugal, para quê tanta maternidade? É uma questão de bom senso. No interior do País mandava fechar já as maternidades da Covilhã e da Figueira da Foz, mantendo as da Guarda, Castelo Branco, Viseu e Coimbra, por considerar que nos dois primeiros casos, a Covilhã não está assim tão longe de Castelo Branco, bem como, Figueira da Foz está bastante perto de Coimbra. Agora, resta saber se o Governo através do Ministério da Saúde vai ter coragem de avançar com o encerramento de algumas maternidades em todo o País e não se deixe ficar apenas pelas intenções, como já vem sendo hábito há uns tempos a esta parte.
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