
Implantação da co-incineração na União Europeia
Para todo o cientista que respeite a universalidade da ciência, senão não está a actuar como cientista, é reconfortante constatar que a co-incineração tem uma apreciável implantação a nível da UE (em doze países), da Suiça e dos Estados Unidos.Na UE haverá presentemente cerca de 50 cimenteiras a operar em co-incineração que devem queimar cerca de 1,5 milhões de toneladas de resíduos industriais. Em França, onde há informações mais pormenorizadas, a incineração dedicada e a evapo-incineração estabilizaram a partir de 1994-95, enquanto que a co-incineração continua a crescer, com um ritmo de 5% ao ano. O seu crescimento entre 1989 e 1999 foi cerca de 84%.Aqueles que afirmam que a "co-incineração é perigosíssima" são os mesmos que ignoram o que se passa em termos legislativos, industriais e de prevenção de riscos nestes países, que usufruem de uma cultura de segurança muito superior à portuguesa.
(continua...)
1 comentário:
A posição quanto à co-incineração não pode ser radical nem pode ser analisada do ponto de vista de que esta é a salvação e que quem está contra não tem argumentos.
Obviamente que a questão de comissões científicas independentes, fazendo trabalho na dependencia dos governos, é falaciosa, porque estas chegam sempre às conclusões que interessam aos governos que as contrataram, sejam eles quais do partido A ou B, ou da coligação C ou D.
Para ajudar ao debate deixo aqui um link onde uma associação de médicos se revela contra a co-incineração, justificando a posição. http://www.co-incineracao.online.pt/ANMSPublica.html
Sempre que as posições são demasiado radicais há sempre que encontrar o meio termo. Ora acho que é isso que tem faltado neste assunto.
O argumento de que está no programa do Governo é também falacioso, uma vez que as populações de todo o país onde a co-incineração não vai ser feita, não votaram no PS com base na concordancia deste ponto que para eles era irrelevante, porque ia para o quintal do vizinho.
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