06/03/2006

Semana dedicada ao ambiente

Decidi dedicar esta semana a temas relacionados com o ambiente. Sendo a co-incineração o assunto da ordem do dia e atendendo aos contributos de alguns "colegas" bloggers, nomeadamente ao interesse demonstrado e sustentado através de comentários sérios e úteis deixados na minha caixa de e´mail e em posts anteriores relacionados com este tema, cada vez mais estou convicto e não é só de agora que a co-incineração é necessária se quisermos ter um ambiente mais saudável. Assim sendo deixo-vos hoje com mais uma tese que vem de encontro à minha defesa sobre o tema.Começo por vos dar uma pequena realidade do que se passa na UE e no Mundo. Quais os países onde a co-incineração já se está a fazer a alguns anos e ao mesmo tempo deixo uma pergunta no ar: "se consideramos a França e os EUA países mega desenvolvidos, porque não lhes seguimos o exemplo da co-incineração?".
Implantação da co-incineração na União Europeia
Para todo o cientista que respeite a universalidade da ciência, senão não está a actuar como cientista, é reconfortante constatar que a co-incineração tem uma apreciável implantação a nível da UE (em doze países), da Suiça e dos Estados Unidos.Na UE haverá presentemente cerca de 50 cimenteiras a operar em co-incineração que devem queimar cerca de 1,5 milhões de toneladas de resíduos industriais. Em França, onde há informações mais pormenorizadas, a incineração dedicada e a evapo-incineração estabilizaram a partir de 1994-95, enquanto que a co-incineração continua a crescer, com um ritmo de 5% ao ano. O seu crescimento entre 1989 e 1999 foi cerca de 84%.Aqueles que afirmam que a "co-incineração é perigosíssima" são os mesmos que ignoram o que se passa em termos legislativos, industriais e de prevenção de riscos nestes países, que usufruem de uma cultura de segurança muito superior à portuguesa.
(continua...)

1 comentário:

Nuno Almeida disse...

A posição quanto à co-incineração não pode ser radical nem pode ser analisada do ponto de vista de que esta é a salvação e que quem está contra não tem argumentos.
Obviamente que a questão de comissões científicas independentes, fazendo trabalho na dependencia dos governos, é falaciosa, porque estas chegam sempre às conclusões que interessam aos governos que as contrataram, sejam eles quais do partido A ou B, ou da coligação C ou D.

Para ajudar ao debate deixo aqui um link onde uma associação de médicos se revela contra a co-incineração, justificando a posição. http://www.co-incineracao.online.pt/ANMSPublica.html

Sempre que as posições são demasiado radicais há sempre que encontrar o meio termo. Ora acho que é isso que tem faltado neste assunto.

O argumento de que está no programa do Governo é também falacioso, uma vez que as populações de todo o país onde a co-incineração não vai ser feita, não votaram no PS com base na concordancia deste ponto que para eles era irrelevante, porque ia para o quintal do vizinho.