Segundo Mário Bento, coordenador do Departamento de Investigação Criminal (DIC) da Polícia Judiciária da Guarda, “em 2005, o aumento de denúncias de abuso sexual de menores terá aumentado mais de 50 por cento”. No entanto, no entender do responsável, estes dados não indiciam um aumento deste tipo de criminalidade. São antes um sinal de que “as pessoas estão mais esclarecidas e propensas à denúncia”.Mesmo sem dados concretos em relação a esta questão, Mário Bento refere que, “normalmente, os casos decorrem no seio da família e dizem sobretudo respeito a crianças”. “Ao primeiro sinal ou perturbação do menor, as pessoas estão de tal maneira esclarecidas, que se dirigem de imediato aos mecanismos de autoridade judicial e instituições de apoio. Actualmente, os casos de abuso sexual de crianças dão-se “nas camadas sociais de maiores carências económicas”. O perfil do abusador inclui, provavelmente, “pessoas que em criança também foram violentadas e enquanto adultos, desvalorizam o acto ou talvez o façam por vingança”.“Nalguns casos, quando a informação chega, já não é a primeira vez que acontece a violação, abuso ou agressão sexual”.“Neste momento, há quase um excesso de alertas”. Uma situação que não perturba a PJ, que “prefere trabalhar assim, do que haver casos encapotados pelas famílias, como acontecia há uns anos”.
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