24/01/2006

A entrada do Hamas no parlamento, preocupa a comunidade internacional

No último dia de campanha para as legislativas palestinianas de amanhã, o grupo radical Hamas admitiu pela primeira vez a hipótese de negociar com Israel. "As negociações não estão proibidas", explicou o candidato Mahmud Zahar, mas admitindo não serem uma "prioridade". Eventuais conversações poderão "envolver terceiros", declarou ainda Zahar, citando o exemplo de uma troca de prisioneiros entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah, concluída em Janeiro de 2004 através da Alemanha. Além da melhoria das condições económicas nos territórios palestinianos, as negociações com Israel serão um dos desafios do novo Governo. Considerado um grupo terrorista por Israel, pelos EUA e pela UE, a entrada do Hamas no Parlamento preocupa a comunidade internacional. O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, afirmou que "não será fácil negociar" com o grupo, mesmo que integre o novo Governo palestiniano.Apontando para um bom resultado do Hamas, as últimas sondagens dão, contudo, uma vantagem confortável à Fatah, partido no poder. Um estudo da Universidade Al-Najah de Nablus dá 42,8% de intenções de votos à Fatah contra 34,2% do Hamas, enquanto um inquérito do centro de investigação Jihat de Ramallah dá 38,3% ao partido no poder e 33,6% ao grupo islamita.

Sem comentários: