Os 87 trabalhadores da Carrera que, na passada segunda-feira, deixaram de ter trabalho, estiveram, ontem, reunidos em plenário com os representantes do Sindicato dos Trabalhadores Têxteis do Centro (STTC) para fazer o ponto da situação. Quando foram confrontados com o encerramento da fábrica, após um pedido de insolvência, o empresário Jorge Mendonça comunicou-lhes que, a partir daí, ficariam entregues ao administrador judicial, nomeado pelo Tribunal de Oliveira do Hospital. Mas o administrador judicial assim não o entende e já comunicou ao empresário que o futuro dos trabalhadores depende da tomada de decisão deste e não dele enquanto administrador judicial. "Pela nossa experiência e, segundo o que podemos interpretar na Lei sobre as insolvências, a partir do momento que o Tribunal nomeia alguém para orientar o futuro da empresa (se é decretada falência ou se ainda pode ser viável), os trabalhadores ficam dependentes das decisões tomadas pelo administrador judicial e não do empresário", realçou Fátima Carvalho, coordenadora do STTC .Jorge Mendonça terá dito aos funcionários que estes poderiam ir para casa esperar por uma decisão que ele lhes passaria uma declaração. Mas, os trabalhadores decidiram, por unanimidade, não o fazer. E vão ficar à porta da fábrica pelo menos até segunda-feira, dia em que chegará à empresa o administrador judicial com quem pretendem reunir.Fátima Carvalho demonstra uma grande preocupação em relação a estes trabalhadores e a todos os que trabalham no ramo no concelho. "Os trabalhadores não vêem qualquer preocupação por parte do presidente da Câmara. Além disso, há duas empresas que ainda não pagaram o 13.º mês a JAMO e a Infinito. A autarquia tem ajudado a empregar os empresários que estão a deixar levar as empresas à falência", disse Fátima Carvalho.
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