06/12/2005

SUBTIL - O homem que se barricou numa casa de banho da RTP

Manuel Subtil, barricou-se numa casa de banho do edifício da Radiotelevisão Portuguesa (RTP) em Lisboa, ameaçando suicidar-se e fazer detonar uma bomba que alegava ter em seu poder. Juntamente com ele estavam mais quatro pessoas, a esposa, a ex-mulher, e as duas filhas, de 6 e de 15 anos. Acusava “a RTP de ter provocado a sua falência após a difusão, em 29 de Julho de 1990, de uma reportagem realizada com câmara oculta na sua empresa em Paris”, e exigia “direito de resposta à dita reportagem, 100 mil contos, identificação do membro do Governo que tentou arquivar o processo e cancelamento do recurso da RTP para o Tribunal da Relação”.Pôs em causa a segurança de todos os funcionários da RTP e de todos os que por ali passavam diariamente, usou para proveitos próprios, ainda para mais financeiros, duas menores que não tinham culpa nenhuma dos erros dos outros, e que, não tinham também discernimento e conhecimentos suficientes para poder optar ou não por participar naquela acção vergonhosa que envolveu os seus progenitores. Até pelos seus antecedentes, duvido que isto tenha afectado grandemente Manuel Subtil, quanto às suas filhas acredito que nunca mais se irão esquecer deste episódio, tendo inclusivé talvez ficado traumatizadas para o resto da vida.Manuel Subtil, que, pelo que se pode aferir dos depoimentos dos seus vizinhos, era um homem calmo e não tinha, aparentemente, dificuldades financeiras. A maioria disse ainda que duvidavam da sua intenção em cometer o suicídio. A juntar a isto temos as declarações e as acções do protagonista deste “filme hollywodesco”.Primeiro disse à ama da filha de cinco anos que não iria precisar dos seus serviços no dia em causa. Isto um dia antes. Depois faz uma viagem de carro, de madrugada, de Cernache, onde residia, até Lisboa, onde chega cerca das sete da manhã. Umas horas mais tarde, depois de todo o espectáculo, sai do edifício da RTP, com um sorriso nos lábios, agradecendo e distribuíndo beijos ao público presente. No dia seguinte aos factos, aparece muito calmo a dar entrevistas a vários órgãos de comunicação social.
Tudo isto não me pareceu obra de um homem desesperado e tresloucado, mas sim de uma pessoa que sabia o que estava a fazer, teve tempo para reflectir e para planear, e executou tudo ao pormenor. Saíu como um herói, e se calhar assim vai permanecer intemporalmente, porque a justiça não actuou. Apesar de todas as atenuantes, Manuel Subtil cometeu ilegalidades à luz da lei portuguesa.

1 comentário:

Anónimo disse...

EXMO SR
Primeiro as filhas do Sr.Manuel SUBTIL na~o ficaram traumatizadas nao senhora, sao excelentes alunas e orgulham-se do que o seu pai fez, pois n foi para apenas aparecer mas sim um acto de desespero , se o sr nao entende isto, nao tem o direito de critica-lo porque pode ser bem capaz de fazer pior e tambem manuel subtil nao usou as filhas, aliás as filhas de que tanto fala sao umas das melhoras alunas das escolas onde andam!

antes de falar de MANUEL SUBTIL veja o acto que ele fez, veja se ele foi condenado a alguma coisa pelo que fez! POIS NAO FOI, PORQUE TODOS CONSIDERARAM QUE MANUEL SUBTIL NAO É UM PERIGO CONTRA AS PESSOAS MAS SIM UM QUE SÓ SABE FAZER O BEM!